Por João C. Martins
Welcome to John’s Cave!
Welcome to John’s Cave!
Para retomar
em grande estilo essa coluna que há tempos vinha estacionada, vamos conversar
hoje sobre uma banda brasileira, atualíssima, que faz grande sucesso por todo o
mundo, já esteve em turnê com Motörhead, Eagles of Death Metal e Black Label
Society e é claro, faz um Stoner do jeito que a gente gosta. A banda de
hoje é Black Drawing Chalks! Atualmente formada por Victor Rocha (Guitarra e vocal), Edimar Filho (Guitarra), Denis de Castro (Baixo) e Douglas de Castro (Bateria).
Os goianos iniciaram
suas atividades em 2005, com uma formação diferente da atual que não contava
com Edimar Filho (Guitarra), atualmente na banda, mas com Marco Bauer que junto
de Victor Rocha era também o vocalista. Logo em 2007 Bauer saiu para dar lugar a
Renato Cunha, que teve participação efetiva na banda em apenas um dos três
álbuns de estúdio que eles possuem, o excelente “Life is a big Holiday for us”. Atualmente os caras já contam com
quatro álbuns seguindo a ordem cronológica, “Big Deal” (2007), “Life is a
big Holiday for us” (2009), “Live in
Goiania” (2010) – diga-se de passagem, meio que um compilado das que já conhecíamos
e algumas que haviam de ser lançadas no próximo disco até então inéditas e
a canção que somente nele foi publicada que é "RED LOVE".
Por fim, mas
não menos importante o ótimo, que fez muita gente que curte os caras torcer o
bico, “No dust stuck on you” (2012),
que tem algumas canções mais dançantes, mais baladas, mais “horizontais”,
diferente das que os propagou, como por exemplo a que leva o nome de seu debut, “Big Deal” que é pesadíssima, também do mesmo disco “High and Smashed”, “Rising sun in the purple sky morning”, “Suicide
girl” e “Holiday” que fazem a porrada comer solta.
Já no
segundo play pudemos acompanhar que os moços não estavam nem um pouco de
brincadeira, e na minha modesta opinião lançaram o melhor da banda, o melhor do
ano no Brasil, quiçá o melhor do ano no Mundo... quando lançado, tiveram como indicado ao VMB o clipe oficial de “My favorite way” uma pedrada que veremos AGORA!
Além dessa,
que todo mundo espera nos shows pra falar “ôÔôÔ”, outras das mais aguardadas, também, são “Free from
desire” e “My radio” essa que
nunca fica de fora nos medleys que fazem durante a apresentação. Para mim
esse é o melhor da banda, pois só conta com pauladas na orelha, as que já mencionei e
ainda “The Legend”, “Find another road”, “I’m
a beast, I’m a gun” e também “Magic
travel” e “Leaving home” diferentes das antes citadas, mas que
nunca podem faltar.
Em
contrapartida aos que dizem que seu terceiro álbum de estúdio não foi tão
pesado como os anteriores, esses que julgam dessa forma não devem ter ouvido “Walking by” tampouco “Swallow”,
que servem não só para conhecer o estilo da banda, mas todo esse gênero sobre o qual estamos conversando, ok?
Claro que as
afirmações da crítica quanto ao “No dust
stuck on you” são plausíveis, porque de fato os caras mudaram, as canções ficaram
mais dançantes, românticas, mas segundo Heráclito de Éfeso “Não se pode descer
duas vezes ao mesmo rio e não se pode tocar duas vezes uma substância mortal no
mesmo estado, mas por causa da impetuosidade e da velocidade da mudança,
dispersa-se e recolhe-se, vem e vai.” ou seja, tudo está em grande estado de
fluidez, não só pode como deve e mesmo se não quiser vai mudar. Pra se ter uma ideia da intensidade com
que veio esse novo álbum logo de cara ele já tem três vídeo clipes, “The Stalker”, “Cut myself in 2” e “Famous” três faixas que descrevem bem
essa problemática paradoxal da banda, na ordem; uma com letra instigadora e
vídeo engraçadíssimo; outra belíssima, pra menina nenhuma botar defeito – e um
clipe pra macho nenhum botar defeito – e a última que retoma totalmente a
pegada do deserto, pois é pesada, nada mais que eles mandando ver numa
performance “ao vivo”, puro e simples Rock ‘n’ Roll.
Para
encerrar um breve relato das outras que não foram tão faladas como “Disco Ghosts”, “Street Rider”, “No Anchor”,
“Black Lines (I’ll find a way)” e “Simmer Down” (que já conhecíamos do “Live in Goiânia”) são outras das minhas
recomendações de seu terceiro álbum, justamente por serem contrapontos em termos de sonoridade, então
se uma não agradar a outra agrada e por aí vai.
PS. quando tudo está ruim sempre uso um trecho de uma canção deles que diz, "Everything is gonna be fine" que também vale a pena conferir.
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