Por Rose Gomes
Esta banda americana foi formada em Detroit no finzinho dos anos 70 e traz no seu som ingredientes do AOR e Hard Rock. O 707 contou inicialmente nos vocais com Kevin Russel (que também fazia a guitarra), Phil Bryant no baixo, Duke McFadden no teclado, Jim McClarty na batera e David Carr no piano (sim, a banda tinha um tecladista e um pianista).
Esta banda americana foi formada em Detroit no finzinho dos anos 70 e traz no seu som ingredientes do AOR e Hard Rock. O 707 contou inicialmente nos vocais com Kevin Russel (que também fazia a guitarra), Phil Bryant no baixo, Duke McFadden no teclado, Jim McClarty na batera e David Carr no piano (sim, a banda tinha um tecladista e um pianista).
Em 1980 os caras lançaram o primeiro álbum, o homônimo 707, AOR puro que traz um dos maiores
sucessos da banda, ‘I Could be Good For You', e que foi muito bem aceito pela
crítica. O disco ainda traz a agitada ‘You Who Needs to Know’ com um belo
trabalho de piano e guitarra, ‘Waste of
Time’ com uma pegada que lembra muito o Survivor e a muito bem trabalhada ‘Magic’.
Disco muito bom que não cai na mesmice nem mesmo nas baladas, como no caso
da meiga Isabel.
O segundo trabalho da banda, “criativamente”
chamado de The Second Album, veio um
ano depois sem a mesma levada do primeiro, e com uma pegada mais leve que
em algumas músicas como ‘Strings Around My Heart’ e ‘Live Without Her’ nos
remete a Bad Company. Destaco ainda ‘Tonite's Your Nite’ (abre o álbum de
maneira brilhante), ‘Millionaire’ e ‘Love on the Run’ como as grandes músicas
deste álbum que ao meu ver foi menosprezado injustamente pela crítica.
Em 1982 a banda assinou com uma nova gravadora e
lançou Mega Force, terceiro e mais
aclamado trabalho do grupo, que agora contava com Kevin Chalfant nos vocais e voltava ao estilo do primeiro disco. Tais
mudanças resultaram no sucesso
significativo que a banda alcançou, o que lhes rendeu abrir os shows de
grandes nomes do rock como Scorpions, Rainbow e REO Speedwagon. Deste excelente
disco destaco ‘Mega Force’, ‘Can't Hold Back’, ‘Hell Or High Water’ e ‘Write Again’, sem deixar de esquecer do belo trabalho
de solo de batera e guitarra feito em ‘No Better Feeling’.
Depois de um hiato de
18 anos os caras voltaram no final de 2000 com Kevin Russel retornando aos
vocais e lançaram Trip to Heaven que
em nada lembra os álbuns anteriores do 707. O som se aproxima bem mais do blues
e do southern e não há nem sombra do AOR magnífico do Mega Force. Suponho que
os fãs de longa data devam ter ficado bastante decepcionados pois foi essa
minha reação ao ouvir esse disco, mas devo dizer que é um trabalho de bastante
qualidade e destaco as músicas ‘Firing Line’, ‘All I Ever Wanted’, ‘Make Up
Your Mind’ e ‘Don´t Say You Love’ me como as que merecem mais atenção, sem
esquecer do cover de ‘Never Say Die’ do Black Sabbath, com uma pegada mais
leve, bem diferente da original.
Em 2004 a MTM Music resolveu
lançar um álbum com as inéditas da banda gravadas entre 1981 e 82. Assim foi
lançado The Bridge, quarto álbum da
banda que traz a mesma pegada inicial. Nos vocais, o baixista
Phil Bryant, membro original da banda faz deste um disco nem tão
interessante como Mega Force, mas altamente recomendável para os apreciadores
da banda. Destaco ‘You're All I Need’, ‘Sirens
of the Sea’, ‘The Bridge’ e ‘The Waiting Game’ (mais uma vez remete a
Survivor), além da baladinha ‘The Girl With the Broken Heart’ a lá REO Speedwagon.
O
mais recente trabalho dos caras fica por conta do disco The Fourth Decade, quinto álbum de estúdio, desta vez com Kevin Chalfant dividindo os vocais com
Kevin Russel. Neste disco temos uma espécie de mistura de sons com tudo o que
os caras fizeram anteriormente. Temos a presença do AOR nas faixas ‘Same Way
Out’ e ‘Angilee’; do blues em faixas como ‘No More’ e ‘Don't Say You Love Me’ e um hard rock mais leve como em ‘Up in Smoke’
e ‘Broke Outta Hell’ (atente para
o belo solo de guitarra). Este disco também conta com duas músicas presentes no
Trip To Heaven : ‘Don't Say You Love Me’
e ‘A Sinful Woman’.
Atualmente
os caras seguem caminhos diferentes. O batera Jim McClarty por exemplo, hoje é
pastor no Tennessee, enquanto que o tecladista Duke McFadden faleceu de
problemas cardíacos em 2006. O restante dos músicos seguem pequenos projetos
musicais e participações em álbuns de grandes bandas como Kiss e Ted Nugent.
O
707 é sem dúvida uma banda com um trabalho bastante interessante que vale a
pena ser conferido. Fica registrada a dica!
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