...E na
caverna de John hoje teremos uma excelente banda, recentemente constituída –
em comparação às clássicas – e que é bem peculiar. São ucranianos, isso mesmo
ucranianos, e fazem um Stoner absoluto como manda a regra, mas com um porém,
não se dá pra saber muito a respeito deles... enfim a banda de hoje é Stoned
Jesus!
Eles já
possuem dois álbuns de estúdio e estão na ativa desde 2009. Para não parecer
óbvio vou falar do último, que por sinal é ótimo e vale apena ser conferido por
todos. Falo de Seven Thunders Roar
(2012), que mais poderia ser chamado de EP já que tem apenas cinco faixas,
contudo isso não tira sua beleza em nenhum aspecto.
A banda
formada por Igor (Guitarra-vocal), Sid (Baixo-vocal) e Viktor (Bateria), antes
tinha outra formação, mas será contada em outra ocasião, tem um estilo bem
passível de ser confundido com o bom gênero que costumo chamar de irmão do
Stoner, já que são todos filhos de um mesmo Sabbath, que é o Doom. Isso dá-se devido
a soturnidade da banda, seus acordes demasiadamente compassados abusando as
vezes dos trítonos e também devido a sua aparência “tristonha”, por isso alguns quando
ouvem dizem ser de um estilo outros de outro, mas para mim é Stoner e ponto.
Sei que após
ouvirem esse disco vão dizer que não são tão medonhos assim, mas lembrem-se que
esse foi o último que lançaram, antes as coisas eram diferentes. Isso que
afirmo quanto ao possível “não terror” dos caras fica por conta de ter incluso
nesse disco uma das canções mais dançantes que já ouvi e com certeza tocaria em
qualquer balada, trata-se da faixa intitulada Indian.
Sempre que a escuto imagino um indiozinho dançando em volta
de uma fogueira.
É
literalmente um disco muito bom eu o escuto com bastante frequência, e isso
pode ser encarado como uma grande coisa, afinal não sou muito fiel à bandas,
sempre escuto um disco durante uma semana toda e depois meio que o arquivo e
consequentemente acabam caindo no esquecimento e com esse é diferente, sempre dou
uma passada por ele. Para prosseguir com o álbum, em seguida (na minha lista,
mas em primeira no disco) temos a lindíssima Bright like the morning, que é a única que cita o nome do álbum,
logo no primeiro verso é entoado, se liguem.
Eletric mistress é outra que demonstra tremendamente o
peso do Stoner Metal. Agressiva, com um riff inicial até um pouco, diria que,
engraçado... talvez no meu ponto de vista, mas provavelmente vocês possam achar
também. E claro com a hora pesada quando se repete continuamente o nome da canção, confiram.
Algo a se
ressaltar é a potencia de Igor nos vocais, é algo notadamente inspirado em
Ozzy, mas sem deixar isso evidentíssimo, mas sim de uma forma mais contida sou capaz de
dizer, contudo o que de fato me chama atenção quanto a voz do rapaz é esse mix
entre grave e quase agudo, não conheço um termo específico para isso, que faz
parecer que a canção possui determinadas fases, sendo elas as mais nervosas e as mais
tranquilas.
Para então
encerrar o papo sobre Stoned Jesus, deixei por ultimo aquela que eu mais curto
que é I’m the mountain, talvez porque
como já disse em uma outra postagem, gosto dessa coisa de montanha desde Man on the silver mountain até Murder the mountains, e que claramente é
uma das inspirações aos que fabricam este tipo de som, sabendo que a outra
fonte desse gênero trata-se do deserto. Essa próxima faixa exemplifica bem o
que citei quanto essa mescla de raiva com carinho, se assim pode-se dizer, pois
ela entra com um violão bem simplório, prossegue com guitarra, baixo e bateria
já numa pegada mais agressiva, retorna com os vocais em uma faceta doce e quando
chega ao fim destrói com powerchords insanos,
solos grandiosos e uma dedilhadinha derradeira para acalmar tudo outra vez.
E por hoje é
só, espero que tenham gostado!
Até mais.
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