Para saber do que se trata a coluna "Toca na Redação!", clique aqui.
Toca na redação do Carlos H. Silva
2008 foi o
ano em que o Slipknot lançou o seu quarto e mais recente álbum de estúdio até o
momento, o grande All Hope is Gone,
que saiu via Roadrunner/Nuclear Blast e foi produzido por Dave Fortman, Chris
Vrenna e pela própria banda.
A
composição do trabalho começou em 2007. O baterista Joey Jordison disse na época
para a Kerrang!: “pedi para os caras
gravarem qualquer coisa que compusessem para que tivéssemos o maior material
disponível para escolher”. Em fevereiro de 2008 os caras partiram para o
Sound Farm Studio, em Iowa, em uma cidade chamada Jamaica (sim!), afim de
gravar o novo disco. O falecido baixista Paul Gray deu entrevista na época
dizendo que a banda escolheu gravar em Iowa porque eles teriam muitas
distrações em Los Angeles.
O line-up
da banda para a gravação contou com Corey Taylor (vocal), Mick Thomsom e Jim
Root nas guitarras, Shawn Craham e Chris Fehn na percussão, Craig Jones nos
teclados e samplers, Sid Wilson fazendo as vezes de DJ, além dos já citados Joey
Jordison e Paul Gray.
Ainda em
2007, nas entrevistas, os músicos diziam que o próximo lançamento da banda
seria o mais brutal e cumpriram com suas palavras. All Hope is Gone foi o disco em que a banda soou menos “alternativa”
e mais thrash metal. Foi onde a banda “ganhou” os fãs mais tradicionais de
metal que ainda torciam o nariz para a banda – como torcem para tudo que vem
dos Estados Unidos do final dos anos 90 para cá.
As
primeiras faixas já demonstram isso logo de cara: Gematria (The Killing Name) e Sulfur
são pauladas de fazer qualquer um bangear, e ainda contam com uma performance
muito boa do sempre competente Joey Jordison. As duas abrem o caminho para o
hit Psychosocial, que já se tornou um
dos clássicos da banda.
Dead Memories é o que podemos chamar de uma das “baladas”
do cd, com linhas de guitarra muito interessantes, assim como Snuff que tem bonitas passagens acústicas
e um final emocional e grandioso.
Outras
canções também fazem a banda cair nas graças dos fãs de thrash metal: a brutal
faixa-título (com guitarras death metal em certos trechos), a empolgante Butcher’s Hook e a melódica Wherein Lies Continue são excepcionais.
Em um
podcast da Metal Hammer, Jordison chegou a afirmar que All Hope Is Gone “finalmente
soa como eu quero que um álbum do Slipknot soe”.
O álbum também é forte liricamente. O vocalista Corey Taylor focou um pouco mais na
política, fez grandes críticas e não abandou suas tradicionais filosofadas –
sempre uma atração nas letras do Slipknot. A faixa .Execute, por exemplo, conta com um trecho de um discurso do ex-vice presidente dos Estados Unidos, Spiro Agnew, e em sequência um desabafo do vocalista. Para a Kerrang!, Taylor comentou sobre suas influências na hora de compor as letras: "Há muitas pessoas confundindo política com religião e ditando gostos e transformando em regras. Isso me chateia". Há ainda canções contra "líderes raivosos que se acham no direito de falar pelo povo" e contra a própria indústria fonográfica: "não seria um disco do Slipknot se não cantássemos contra a indústria musical. Desta vez é sobre os emozinhos vestindo as calças de suas namoradas".
Clicando aqui você pode ler Corey comentando sobre cada faixa presente em All Hope is Gone.
Em maio de
2010, o baixista Paul Gray foi encontrado morto em um hotel. A banda, desde
então, vem fazendo turnês, mas por enquanto nada de concreto em relação a um
novo lançamento, mas Corey já deu pinta de que pode rolar em 2014, como você já viu aqui no TRMB.
Veja abaixo mais algumas pedradas de All Hope is Gone e o making of do disco que foi lançado em dvd junto com o cd em edição especial:
Comentários
Postar um comentário