Dia 16/11 um dia inesquecível...
Esta
data eu lembrarei para sempre, porque simplesmente participei de um
evento histórico, porque simplesmente poderei dizer que junto de mais um
monte de gente (cerca de 300 a 400 pessoas) vi uma das representações
artísticas mais excêntricas e empolgantes do mundo, que é um show de
Rock!
Com certeza haverá alguém para dizer: "Ah! mas show de Rock se
tem aos montes por aí. O que fez desse algo tão magnífico?" E eu até
entenderei esse ponto de vista, mas espero que fique claro que não foi apenas um
show como outro qualquer, foi a primeira vez tanto para a banda, como
para muitos daqueles que estavam ali, foi especial, foi a estreia em solo
tupiniquim... foi MESHUGGAH! Notava-se a cara de empolgação deles e a
felicidade por ver que aquela galera, que era pouca pela grandiosidade
da banda, mas que não se cansava em nenhum segundo, que evidentemente
berrou nas mais famosas, gritou pelas mais clássicas, contudo que não
deixou, em hipótese alguma, de homenageá-los a cada fim de ato com um simples, mas emocionante: "MESHUGGAH!
MESHUGGAH! MESHUGGAH!"O meu texto de hoje começa com esse relato em forma de agradecimento, pois Meshuggah reviveu um pouco mais o meu espírito.
A banda de abertura (desculpe a falha técnica, mas não sei o nome) sem dúvidas tem boas influências, ouve coisas boas em seus Ipods e faz aquilo que estamos, relativamente, acostumados a ver em bandas norte-americanas como Battlecross, Killswitch Engage, até mesmo no Death Pop Metal do Suicide Silence - que fique claro que não há evidência nenhuma de que ela copie as citadas - sem contar que em várias passagens de suas canções entravam algumas harmoniosas e melódicas notas lembrando os supremos trabalhos de Mastodon em Crack the Skye por exemplo. Não se sujaram com um mal show, pelo contrário, ganharam ao término de todas as faixas minhas mãos em riste (as vezes uma só) em sinal de Heavy Metal \m/. Se comprometeram a fazer um som pesado, foram dignos de uma abertura ao titânico Meshuggah! Único ponto negativo, largaram os instrumentos no final da apresentação para dar mosh... é isso mesmo, para pular na galera... Não achei essa atitude muito bacana. Não pareciam ter a dimensão do tamanho da paulêra que estava por vir, ou até mesmo sabiam e tudo aquilo era na verdade nervosismo. Confesso que minha mentalidade idosa exige que Rock seja coisa séria, que acima de tudo se leve a sério aquela turma que está prestigiando sua fonte de remuneração. Não deixaram a desejar no que diz respeito a técnica, contudo precisam de grandes conselhos caso galguem ser uma grande banda no cenário, seja ele qual for.
Pontualmente às 20:00 a supremacia teve início.
As cortinas que haviam sido cerradas, novamente estavam escancaradas para a plateia. Fumaça e escuridão teciam aquele clima de expectativa sem fim. Então era a hora em que já não dava mais para prorrogar, um barulho contínuo passou a ser mais alto, parecendo uma engrenagem emperrada a forçar o giro, ou um monte de grilos... não sei explicar. Ah! Entrou Tomas Haake! Quando uma pequena parcela começou a gritar por seu nome surgiram enfileirados: Dick Lövgren, Marten Hagström, Jens Kiedman e Frederik Thordendal. Era o quinteto mais aguardado dos últimos anos em cima do palco, iniciando com a paulada de seu mais recente trabalho, o álbum Koloss e a track foi SWARM!
Infelizmente não consegui fazer um vídeo, mas algumas fotos ficaram bem bonitas. Me desculpe |
Quando uma banda desse
tamanho entra no palco, evidentemente você não fica esperando ver aquela
parte mais legal da canção, porque todas as partes são sensacionais.
Não espera que acertem aquela determinada passagem, porque você sabe que
eles não erram. E sem nenhum tipo de exagero, hipérbole ou excesso, eles foram perfeitos! Eu me senti como se estivesse ouvindo o disco, pois ninguém dali deixa o ritmo cair,
é o tempo inteiro em altíssimo nível.
Outro ponto a ressaltar é a presença de palco desses caras, embora meu foco principal nesse quesito fique por conta de Jens Kiedman apenas: Ele coloca um dos pés sobre as caixas frontais, curva-se à frente e guturaliza medonhamente, caminha para um lado e para o outro, fazendo pouco mais que mexer a cabeça de maneira robótica, seguindo o compasso da música, para cima e para baixo intercalando as vezes com umas levantadas de braço com aquele ar de: "Vocês não pediram? Tá aí!"
Como já evidenciei em outros artigos, não gosto de fazer comparações, porém, não sei se porque consegui um lugar parcialmente próximo do palco, os caras pareciam gigantes! Dava a sensação de que preenchiam o espaço do chão ao teto daquele lugar. São realmente monstros.
Outro ponto a ressaltar é a presença de palco desses caras, embora meu foco principal nesse quesito fique por conta de Jens Kiedman apenas: Ele coloca um dos pés sobre as caixas frontais, curva-se à frente e guturaliza medonhamente, caminha para um lado e para o outro, fazendo pouco mais que mexer a cabeça de maneira robótica, seguindo o compasso da música, para cima e para baixo intercalando as vezes com umas levantadas de braço com aquele ar de: "Vocês não pediram? Tá aí!"
Como já evidenciei em outros artigos, não gosto de fazer comparações, porém, não sei se porque consegui um lugar parcialmente próximo do palco, os caras pareciam gigantes! Dava a sensação de que preenchiam o espaço do chão ao teto daquele lugar. São realmente monstros.
Apenas após as quatro primeiras atuações é que deram uma pequena pausa, tendo sido dito apenas pelo vocalista: "Brazil... This is Brazil..." e em meio a histeria de ouvir o nome da pátria o público mal teve tempo de se ajeitar e outra quebradeira começou com Lethargica, do incrível Obzen.
Infelizmente
não consegui capturar um vídeo decente da apresentação, já que não sou
muito bom com outras coisas num celular que possam ir além de digitar
uma mensagem. Contudo algumas fotos saíram dentro do desejado (e do
possível), e acredito que elas poderão exemplificar um pouco disso que
estou dizendo quanto a performance dos suecos no palco.
Após
dezesseis espetaculares atuações eles saíram de cena, acenando como se
tivessem findado de fato, com o ato final sendo a última do setlist que
já era conhecido por todos, pois já haviam excursionado em nossos irmãos de fronteira. Mas aí alguém teve a brilhante ideia, lá no fundão, de
começar a clamar por uma das canções mais conhecidas deles que é Future Breed Machine do aclamado play Destroy Erase Improve.
Então eles voltaram ao palco, e veja só caro leitor, com uma cara de que estavam impressionados combinaram na hora, empunharam seus instrumentos outra vez, mesmo sendo uma faixa fora do setlist, e digo mais, segundo pesquisas
feitas o Brasil, é o BRASIL foi o único país que teve, nessa turnê
Sul-americana, o prazer de presenciar ao vivo esse clássico do ProgMetal. Lembro-me
da cena até agora: Deixaram seus pertences no palco e tudo
escureceu, de repente uma voz, que passou a ser seguida pelas demais, os
trouxe novamente num ecoar de três palavras incessantemente repetidas: "FUTURE BREED
MACHINE! FUTURE BREED MACHINE! FUTURE BREED MACHINE!"
E assim terminou o apoteótico show num sábado de novembro, que sem dúvida jamais será lembrado apenas como um sábado de novembro qualquer.
\m/ Obrigado Meshuggah!
Setlist:
Swarm
Combustion
Rational Gaze
Obzen
Lethargica
Do Not Look Down
The Hurt that Finds You First
I Am Colossus
Bleed
Demiurge
New Millennium Cyanide Christ
Dancers to a Discordant System
Setlist:
Swarm
Combustion
Rational Gaze
Obzen
Lethargica
Do Not Look Down
The Hurt that Finds You First
I Am Colossus
Bleed
Demiurge
New Millennium Cyanide Christ
Dancers to a Discordant System
Encore:
Mind's Mirrors
In Death - Is Life
In Death - Is Death
The Last Vigil
Mind's Mirrors
In Death - Is Life
In Death - Is Death
The Last Vigil
Future Breed Machine.
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