Chegamos finalmente ao primeiro Melhores do Ano do That Rock Music! Como será costume a partir de agora, em toda primeira semana de dezembro será postada a lista dos melhores lançamentos do ano na visão (ou audição) dos nossos editores e colunistas. Por se tratar de uma lista de "melhores", não será feito nenhum top, você conhecerá um pouco mais do gosto musical dos nossos editores lendo sobre os 10 discos que cada um elegeu como os melhores do ano - além das já clássicas menções honrosas.
Vamos lá...
--->>> Carlos H. Silva (Editor e Colunista)
#2 - "Dream Theater" - Dream Theater
#4 - "The Underground Resistance" - Darkthrone
#6 - "AOR" - Ed Motta
E como menções honrosas, cito: End of Disclosure, do Hypocrisy; Outlaw Gentleman & Shady Ladies, do Volbeat; Surgical Steel, do Carcass; 13, do Black Sabbath; Das Seelenbrechen, do Ihsahn; Habitual Levitations, do Intronaut; One of Us is the Killer, do The Dillinger Escape Plan; The Mouths of Madness, do Orchid e The Winery Dogs, do The Winery Dogs.
--->>> Rose Gomes (Editora e Colunista)
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# 2 - "The Winery Dogs" – The Winery Dogs
O que temos quando se junta três exímios músicos dotados de um talento descomunal? A resposta é fácil, simplesmente um dos melhores álbuns do ano! O disco traz um tom vibrante que se faz presente em absolutamente todas as faixas. O toque preciso do experiente Sheehan, as viradas impactantes de Portnoy e o vocal intenso de Kotzen garantem o sucesso deste trabalho que já era um grande sucesso anunciado antes mesmo da minha primeira audição. Destaco as faixas Elevate, Desire e The Other Side.
#3 - "13" - Black Sabbath
O que chama a atenção em 13 é o excelente instrumental, especialmente da guitarra e baixo. Os caras mantiveram a sonoridade de décadas atrás e músicas como The End of the Beggining e Damaged Soul (belíssimos solos) deixam isso bem claro. Destaco Loner e Live Forever, ambas com baixo foderoso e a forte e marcante presença da guitarra engenhosa de Tony Iommi.
#4 - "The Next Day" - David Bowie
O estilo inconfundível permanece, e a cada nova canção que começa há a certeza de que se trata do velho camaleão de sempre. Os grandes destaques ficam com a animada The Stars (Are Out Tonight), a graciosa Valentine´s Day com uma batidinha leve e um Bowie extremamente meigo, a agitada How Does the Grass Grow?, Dance Out in Space e (You Will) Set the World On Fire, que traz um instrumental expansivo e empolgante. Disco bem produzido, bem executado e com grandes faixas.
#5 - "Now What?!" - Deep Purple
Disco de qualidade gritante. A guitarra de Steve Morse e o trabalho preciso do tecladista Don Airey roubam a cena do início ao fim. A pegada, mais hard do que nunca, mostra o potencial total da banda. Os destaques ficam por conta da belíssima A Simple Song, em que a guitarra de Morse parece flutuar em sua introdução, tamanha sensibilidade e timing do músico e All the Time in the World que remete encantadoramente às canções de Eric Clapton. Ainda vale destacar o supremo trabalho feito pela cozinha em Body Line.
Álbum carregado de uma sonoridade absolutamente grandiosa, mesclando com suavidade e talento os vocais de James Dean Bradfield e seus convidados. Os destaques ficam com a faixa-título Rewind the Film, canção nostálgica, bela e emocionante, Show Me the Wonder, a faixa mais “hit” do álbum com melodia bem elaborada e ainda Anthem For A Lost Cause, Manorbier, e 30 Year War, canção anti-Margaret Thatcher, composta antes mesmo de sua morte em abril deste ano. Rewind the Film mostra que a banda continua no caminho da boa música, feita com verdade, simplicidade e vigor.
#7 - "True North" - Bad Religion
O estilo punk que a banda abraçou ao longo da carreira se enxerga neste trabalho, onde você tem a certeza de que se trata do velho Bad Religion de sempre, principalmente em faixas como Robin Hood in Reverse e Land of Endless Greed. Os grandes destaques ficam por conta de Fuck You, com as guitarras melódicas da dupla Baker & Hetson, tendo até direito a um solinho, a fantástica Vanity e My Head is Full of Ghosts, onde mais uma vez o batera Brooks Wackerman arregaça nas viradas, isso sem dizer que é sempre muito bom voltar a ouvir o vocal singular do Greg Graffin.
#8 - "Bloodsports" - Suede
Os ingleses do Suede não lançavam nada desde 2002 e retornaram com um disco bem atraente. O álbum mantém a mesma pegada britpop que consagrou a banda nos anos 90, porém com um toque mais moderno e marcante. O vocal de Brett Anderson permanece forte e intenso e no instrumental as habilidades do guitarrista Richard Oakes são bastante ressaltadas, principalmente nas faixas Snowblind e Hit Me. As músicas Barriers e It Starts and Ends with You são sem dúvida as grandes estrelas do álbum.
#9 - "... Like Clockwork" - Queens of the Stone Age
Posso dizer que ... Like Clockwork me surpreendeu positivamente mostrando uma nova roupagem da banda, o que muito me agradou. O disco começa bem com Keep Your Eyes Peeled, que traz belas guitarras e um falsete que me lembrou U2 na época do Pop. I Sat by the Ocean vem na sequência com pegada indie atraente. Ainda destaco as imperdíveis If I Had a Tail, My God is the Sun, Smooth Sailing e a bela I Appear Missing mostrando que a banda acertou em cheio neste bem sucedido álbum.
# 10 - "Reflektor" - Arcade Fire
Um dos melhores trabalhos da banda, com vocais ousados e alegres e a participação mais do que especial do muso David Bowie.
--->>> João C. Martins (Editor e Colunista)
#2 - "O Instinto" - Rinoceronte
#4 - "Infestissumam" - Ghost
Vamos lá...
--->>> Carlos H. Silva (Editor e Colunista)
#1 - "The Raven That Refused to Sing" - Steven Wilson
Há uma imagem compartilhada pela galera progger no
Facebook que tem a capa de In the Court of the Crimson King do King Crimson com
o título de "primeira obra-prima", e depois a capa de The Raven That
Refused to Sing, de Steven Wilson com o título de "a mais recente
obra-prima". Isso resume bem o porque este álbum figura no topo da minha
lista, é um novo clássico do Rock Progressivo, são 6 longas faixas dotadas de
uma beleza e complexidade típica do estilo, aliada ao ótimo senso de melodia de
Steven. Um disco acima de tudo bonito. Perfeito. Nota 10. O único nota 10 desta
lista. Não tenho mais o que falar sobre a não ser indicar a quem gosta do
estilo ouvir.
Ouça: Luminol
#2 - "Dream Theater" - Dream Theater
Praticamente um disco de autoafirmação da nova composição
do grupo, agora com Mike Mangini participando de todo o processo criativo,
Dream Theater provavelmente tem esse nome por ter toda a essência da banda: o
peso está aqui, as melodias estão aqui, o progressivo está aqui, o metal está
aqui, as influências hard e pop rock estão aqui, a técnica absurda está aqui,
tudo o que a banda significa está aqui. A banda soa incrível, está numa fase
incrível e transparece uma garra enorme. Discaço!
Ouça: The Enemy Inside, The Looking Glass e The Illumination Theory
#3 - "Revocation" -
Revocation
Fiquei até surpreso de não notar o álbum do Revocation na
lista de melhores do ano em blogs e sites por aí, o som dos caras é um
thrash/death metal técnico de primeira linha, um dos melhores do gênero e o
álbum é pedrada após pedrada, são riffs insanos, viradas infernais de bateria,
e o disco empolga da primeira à última faixa. Destaco Spastic e Scattering the
Flock. Para mim já é um clássico do metal extremo técnico.
Ouça: Scattering the Flock
#4 - "The Underground Resistance" - Darkthrone
Eu adoro o resultado da transformação do Darkthrone. De
uma das principais bandas de black metal da polêmica cena norueguesa dos anos
90, passou a lançar álbuns com influências grandes do speed metal oitentista,
punk, thrash, doom e heavy metal tradicional. E tudo sujo e pesado conforme
manda o black metal. São 40 minutos de riffs simples e diretos e uma viagem ao
tempo; como não se recordar das bandas oitentistas ao ouvir Valkyrie? ou como
não viajar nos 13 minutos de Leave no Cross Unturned? Da minha lista foi um dos
primeiros a ser lançado (fevereiro/13) e permaneceu no top 10 desde o início.
Simplesmente empolgante. Darkthrone rules.
Ouça: Dead Early
#5 - "Infestissumam" - Ghost
O Ghost já entrou para aquela turma do "ame" ou
"odeie", né, não tem jeito. Os caras são bons e passaram com glórias
pelo teste do segundo álbum. Aliás, Infestissumam é até melhor que o debut.
Aquela velha mistura de heavy metal com Blue Oyster Cult e "occult
rock" funciona bem e o lado teatral é interessante também. Muita canção
boa, mas Monstrance Clock é uma das melhores músicas lançadas no ano. Um verdadeiro
hino infernal. A canção e o disco. #TeamGhost
Ouça: Monstrance Clock
#6 - "AOR" - Ed Motta
Tenho vários motivos para este disco estar aqui, o
principal deles, obviamente, é que foi um dos meus dez discos favoritos do ano,
mas o fato de Ed Motta trazer para o público um AOR que andava esquecido, o de
bandas como Steely Dan, também me agradou. Ed chamou um número grandes de
convidados mais do que especiais e lançou um disco que é lindo do início ao
fim. Melodias incríveis e inesquecíveis como em Flores da Vida Real, A
Engrenagem e Mais do Que Eu Sei ficam guardadas e mostram o poder que o AOR
tem. Isso sem contar que o cantor conseguiu sintetizar tudo o que o AOR
significa em uma vinheta de 20 segundos chamada apenas... AOR.
Ouça: Flores da Vida Real e Engrenagem
#7 - "Kingdom of Conspiracy"
- Immolation
Death metal sempre foi um dos meus 3 gêneros favoritos de
música (junto com rock progressivo e thrash metal), mas ultimamente eu andava
um pouco, não quero dizer decepcionado, mas talvez desanimado... nenhum disco
estava me agradando de fato, por completo, mas Kingdom of Conspiracy, do
Immolation, é uma destruição total e chegou chutando bundas. É definitivamente
o disco do ano quando restringimos a lista ao metal extremo. Riffs infernais
como em God Complex ou hipnotizantes como a fantástica The Great Sleep me fazem
urrar: OLD SCHOOL DEATH METAL RULES!
Ouça: God Complex
#8 - "Altered State" -
Tesseract
O Tesseract é uma banda britânica relativamente nova de
rock progressivo, foi formada em 2007; Altered State é seu segundo disco
completo e tem ótimas passagens com influências de música experimental,
ambiente e muito rock progressivo moderno. São 4 faixas com duas ou três
subdivisões cada (eu amo rock progressivo!) e um disco cheio de nuances e uma
parte técnica muito bem tocada e produzida. Dá para ouvir detalhadamente cada
instrumento e é um deleite para quem gosta do estilo.
Ouça: Palingenesis e Singularity
#9 - "Kata Ton Daimona Eaytoy" - Rotting Christ
Este novo trabalho do Rotting Christ também é uma aula de
metal extremo. É uma banda até difícil de rotular, mas o que me importa mesmo é
a parte técnica, que é ótima, empolgante, linhas vocais "pra frente",
um som de guitarra pesado e bem trabalhado e a bateria tocada por Themis Tolis
é de uma precisão impecável. Os gregos lançaram um trabalho muito coeso e de
fácil audição do começo ao fim.
Ouça: P'unchaw Kachun-Tuta Kachun e Grandis Spiritus Diavolus
#10 - "The Mountain" - Haken
O Haken foi a minha grata surpresa do ano. Eu não
conhecia a banda até pegar o disco por curiosidade e automaticamente, após
ouvir todos, tornou-se uma das minhas bandas preferidas. Ingleses, os caras
misturam metal progressivo com rock progressivo, jazz e música erudita. Uma
combinação infálivel quando bem feita. A beleza melódica de canções como The
Path (praticamente uma intro para o álbum) até a progressivóide anos 70
Somebody, passando pelo metal e o djent em Cockroach King e a acústica Because
It's There, fazem deste um dos meus álbuns preferidos do ano.
Ouça: Atlas Stone
E como menções honrosas, cito: End of Disclosure, do Hypocrisy; Outlaw Gentleman & Shady Ladies, do Volbeat; Surgical Steel, do Carcass; 13, do Black Sabbath; Das Seelenbrechen, do Ihsahn; Habitual Levitations, do Intronaut; One of Us is the Killer, do The Dillinger Escape Plan; The Mouths of Madness, do Orchid e The Winery Dogs, do The Winery Dogs.
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--->>> Rose Gomes (Editora e Colunista)
#1 - "People, Hell and Angels" - Jimi Hendrix
Os solos excepcionais, a harmonia da banda, e o talento incontestável de Hendrix fazem desta uma das grandes obras-primas já proporcionadas aos adoradores da boa música. Os destaques ficam com os solos de Somewhere e Izabella, o blues perfeito e charmoso de Bleeding Heart, a pegada psicodélica-sessentista de Let Me Move You e Inside Out e o brilhante instrumental de Easy Blues (baixo hipnotizante!). People, Hell and Angels eterniza ainda mais o talento do inesquecível Jimi Hendrix.
Os solos excepcionais, a harmonia da banda, e o talento incontestável de Hendrix fazem desta uma das grandes obras-primas já proporcionadas aos adoradores da boa música. Os destaques ficam com os solos de Somewhere e Izabella, o blues perfeito e charmoso de Bleeding Heart, a pegada psicodélica-sessentista de Let Me Move You e Inside Out e o brilhante instrumental de Easy Blues (baixo hipnotizante!). People, Hell and Angels eterniza ainda mais o talento do inesquecível Jimi Hendrix.
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# 2 - "The Winery Dogs" – The Winery Dogs
O que temos quando se junta três exímios músicos dotados de um talento descomunal? A resposta é fácil, simplesmente um dos melhores álbuns do ano! O disco traz um tom vibrante que se faz presente em absolutamente todas as faixas. O toque preciso do experiente Sheehan, as viradas impactantes de Portnoy e o vocal intenso de Kotzen garantem o sucesso deste trabalho que já era um grande sucesso anunciado antes mesmo da minha primeira audição. Destaco as faixas Elevate, Desire e The Other Side.
#3 - "13" - Black Sabbath
O que chama a atenção em 13 é o excelente instrumental, especialmente da guitarra e baixo. Os caras mantiveram a sonoridade de décadas atrás e músicas como The End of the Beggining e Damaged Soul (belíssimos solos) deixam isso bem claro. Destaco Loner e Live Forever, ambas com baixo foderoso e a forte e marcante presença da guitarra engenhosa de Tony Iommi.
#4 - "The Next Day" - David Bowie
O estilo inconfundível permanece, e a cada nova canção que começa há a certeza de que se trata do velho camaleão de sempre. Os grandes destaques ficam com a animada The Stars (Are Out Tonight), a graciosa Valentine´s Day com uma batidinha leve e um Bowie extremamente meigo, a agitada How Does the Grass Grow?, Dance Out in Space e (You Will) Set the World On Fire, que traz um instrumental expansivo e empolgante. Disco bem produzido, bem executado e com grandes faixas.
#5 - "Now What?!" - Deep Purple
Disco de qualidade gritante. A guitarra de Steve Morse e o trabalho preciso do tecladista Don Airey roubam a cena do início ao fim. A pegada, mais hard do que nunca, mostra o potencial total da banda. Os destaques ficam por conta da belíssima A Simple Song, em que a guitarra de Morse parece flutuar em sua introdução, tamanha sensibilidade e timing do músico e All the Time in the World que remete encantadoramente às canções de Eric Clapton. Ainda vale destacar o supremo trabalho feito pela cozinha em Body Line.
#6 - "Rewind the Film" - Manic Street Preachers
Álbum carregado de uma sonoridade absolutamente grandiosa, mesclando com suavidade e talento os vocais de James Dean Bradfield e seus convidados. Os destaques ficam com a faixa-título Rewind the Film, canção nostálgica, bela e emocionante, Show Me the Wonder, a faixa mais “hit” do álbum com melodia bem elaborada e ainda Anthem For A Lost Cause, Manorbier, e 30 Year War, canção anti-Margaret Thatcher, composta antes mesmo de sua morte em abril deste ano. Rewind the Film mostra que a banda continua no caminho da boa música, feita com verdade, simplicidade e vigor.
#7 - "True North" - Bad Religion
O estilo punk que a banda abraçou ao longo da carreira se enxerga neste trabalho, onde você tem a certeza de que se trata do velho Bad Religion de sempre, principalmente em faixas como Robin Hood in Reverse e Land of Endless Greed. Os grandes destaques ficam por conta de Fuck You, com as guitarras melódicas da dupla Baker & Hetson, tendo até direito a um solinho, a fantástica Vanity e My Head is Full of Ghosts, onde mais uma vez o batera Brooks Wackerman arregaça nas viradas, isso sem dizer que é sempre muito bom voltar a ouvir o vocal singular do Greg Graffin.
#8 - "Bloodsports" - Suede
Os ingleses do Suede não lançavam nada desde 2002 e retornaram com um disco bem atraente. O álbum mantém a mesma pegada britpop que consagrou a banda nos anos 90, porém com um toque mais moderno e marcante. O vocal de Brett Anderson permanece forte e intenso e no instrumental as habilidades do guitarrista Richard Oakes são bastante ressaltadas, principalmente nas faixas Snowblind e Hit Me. As músicas Barriers e It Starts and Ends with You são sem dúvida as grandes estrelas do álbum.
#9 - "... Like Clockwork" - Queens of the Stone Age
Posso dizer que ... Like Clockwork me surpreendeu positivamente mostrando uma nova roupagem da banda, o que muito me agradou. O disco começa bem com Keep Your Eyes Peeled, que traz belas guitarras e um falsete que me lembrou U2 na época do Pop. I Sat by the Ocean vem na sequência com pegada indie atraente. Ainda destaco as imperdíveis If I Had a Tail, My God is the Sun, Smooth Sailing e a bela I Appear Missing mostrando que a banda acertou em cheio neste bem sucedido álbum.
# 10 - "Reflektor" - Arcade Fire
Um dos melhores trabalhos da banda, com vocais ousados e alegres e a participação mais do que especial do muso David Bowie.
Os
destaques deste bem fadado disco ficam por conta da faixa-título, a dançante
Reflektor, a embalantemente pitoresca Here Comes the Night Time e Normal
Person, que tem uma batida mais rock, com os
vocais arranhados de Win Butler. Também não posso deixar de citar as
incríveis It´s Never Over e Afterlife.
Menções honrosas: Painting, do Ocean Colour Scene; AM, do Arctic Monkeys; Youngblood, do Audrey Horne; Old Sock, do Eric Clapton e Drive, da Anneke van Giersbergen..
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--->>> João C. Martins (Editor e Colunista)
#1 - "The Mouth of Madness"
- Orchid
Em primeiro lugar, a banda que lançou maior tributo a
Master of Reality do Black Sabbath, jamais visto. Desde a capa até as
composições harmônicas, tudo lembra aquela raridade de 1971. Aí se você se
flagrar dizendo: "Ah! Então é um cover do Sabbath!" Saiba que estará
muito equivocado, que apesar dos referenciais serem muito vigentes, a qualidade
ímpar dos caras mostra que foi feito assim em forma de homenagem, porém sem ser
repetitivo. O CD vem com um poster sensacional da banda, além de todas as
letras de todas as canções, e é claro os devidos agradecimentos. Silent One, Mouths of Madness, Mountains of Steel,
Leaving it all Behind e Wizard of War, são algumas que mais chamam a atenção.
#2 - "O Instinto" - Rinoceronte
Para quem diz que o Rock brasileiro morreu, está aqui uma
grande prova do contrário! Não só ainda vive, como também ocupa a segunda
colocação de melhores de 2013. Essa banda é tão genial, pois deixa disponível
no seu site a opção para você comprar este, seja o CD ou LP, permitindo também,
aos que estão com o bolso cansado, o download gratuito dele, sem ter que logar
ou fazer o que quer que seja. De tanta simpatia, eu não só o baixei como também
comprei o bolachão dos caras. Já conhecida a maldição do segundo disco, para
eles não foi problema, afinal passaram com nota máxima na prova, apresentando
canções como O Instinto, Dizem por aí, Chemako e Quando Mais Vive..
#3 - "Abra Kadavar" -
Kadavar
Uma banda relativamente nova, porém com um estilo
totalmente setentista, não apenas no som, mas também no visual. Um Psicodelic
Rock de qualidade incontestável e com uma veia Sabbathiana tremenda. Os
barbudos mandaram ver nesse seu segundo registro fonográfico, passando
evidentemente pela maldição do segundo disco. Com canções como Come Back Life,
Doomsday Machine, Dust e Abra Kadavar, o empolgante trabalho dos alemães ainda
dará muito o que falar.
#4 - "Infestissumam" - Ghost
O meu caso com esse play foi de amor e ódio desde o seu
lançamento, isso porque achava o Opus Eponymous (primeiro álbum) muito mais
Rock 'n' Roll, enquanto o mais recente considerava um agrupamento de Summer
Evil Hits. Mas eis que veio o Rock In Rio, e assistindo um vídeo da
apresentação fiquei pasmo com a canção Monstrance Clock, que foi entoada por
parte da galera com aquele ar de louvor ao mestre das trevas. Daí por diante
passei a ouvi-lo com maior cuidado, e percebi que ele é sensacional! Além das
famosas Secular Haze e Year Zero, Ghuleh/Zombie Queen, Depth of Satan's Eyes,
Body and Blood, deram um propósito a mais ao mundo do Rock.
#5 - "Whales and Leeches" -
Red Fang
Ah, Red Fang! Aguardei ansiosamente o lançamento de
Whales and Leeches, desde o teaser que haviam disponibilizado de Crows in
Swine, pois notava-se que o peso continuava sendo uma das características
principais da banda, e que não decepcionou no que diz respeito ao prometido,
contudo podiam ser melhores na criatividade. Muito dele se parece com os dois
primeiros full lenghts da banda, deixe-se claro que com uma técnica muito mais
elevada, embora com essa similaridade, que incontestavelmente é perceptível. As que recomendo nele são Every Little Twist, Blood
Like Cream, This Animal e Doen.
#6 - "The Winery Dogs" - The Winery Dogs
Confesso que nunca acompanhei assiduamente a carreira de
nenhum desses músicos absurdamente talentosos, entretanto quando ouvi I'm no
Angel pela primeira vez, percebi que vinha fazendo muito mal. Mike Portnoy, o
que falar? É de uma sutileza bruta naqueles tambores, consegue ser um paradoxo
que combina; Richie Kotzen, toca guitarra de um jeito bem peculiar, canta muito
bem, além de ser bonitão que só (desculpe-me), e aquele que eu considero o
ponto de equilibrio na banda, Billy Sheehan que numa linha de baixo
impressionante ditou o ritmo em muitas canções como Desire, You Saved Me, The
Dying (minha favorita) e Elevate.
#7 - "Scenarios of
Brutality" - Violator
Essa rapaziada desde 2002 já chama a atenção dos
headbangers do mundo todo, e não é sem motivo, afinal o Thrash Metal feito pelos
caras é de primeira categoria. A temática do disco é muito boa, pois fala da
tirania parlamentar, com certeza sendo referência algo conterrâneo deles.
Também ressalto o fato de terem me ajudado a tirar uma boa nota na aula de
sociologia, já que utilizei a arte desse disco na apresentação que falva de
etnocentrismo. As que evidencio
aqui são No Place for the Cross, Echoes of Silence, Endless Tyrannies e
Waiting to Exhale.
#8 - "To The Death" -
Nervochaos
Paulêra! Um álbum muito bem trabalhado, que conta com uma
pegada Death e Thrash em dados momentos. Tive o prazer de vê-los ao vivo esse
ano em sua turnê de divulgação, e os caras estão realmente empolgados. Riffs
sujos, solos agressivos e velozes, e a bateria que brutaliza todos os ouvidos.
Foram um grande destaque do evento, e são na cena extrema nacional. Canções
como The Exile, Mark of the Beast, Gospel of Judas e Warlords Unbounds, são
algumas das obras mais impactantes nesse compilado.
#9 - "Animal Nacional" -
Vespas Mandarinas
Não escondo de ninguém que é uma banda que eu admiro
muito por serem, além de excelentes profissionais, muito simpáticos. Já fui a
inúmeros shows deles, e sem tietagem, sempre troquei uma ideia bacana com os
caras. O álbum Animal Nacional, é um dos melhores trabalhos brazucas dos
últimos tempos, tendo canções como o hit Não Sei o Que Fazer Comigo, as
belíssimas Vício e o Verso e Distraídos Vencerimos, além das engajadas
socialmente Cobra de Vidro, O Inimigo e O Herói Devolvido, sem contar as
emocionantes Só Poesia e Rir no Final, ou seja, um álbum com tanta coisa legal
assim não poderia ficar de fora.
#10 - "... Like Clockwork" - Queens of the Stone Age
Em décimo na lista, muito porque esse
disco demorou tanto para sair, e quando veio não foi tudo aquilo que (eu)
esperava. É bem trabalhado, contou com a presença de muita gente legal,
exemplos: Dave Ghrol (figurinha carimbada nos trabalhos da banda), Nick Oliveri
em alguns backing vocals (nostalgia batendo), assim como Alex Turner, Mark
Lanegan (também nada que não se esperasse) e a mais impressionante que foi a participação
de Elton John na faixa Fairweather Friends. The Vampyre of Time and Memory é a
que vem tendo grande divulgação devido ao ótimo vídeo clipe que produziram,
contudo minha favorita seja If I Had a Tail. Mesmo assim décimo lugar para eles
pela demasiada expectativa que criaram.
Menção honrosa à
13, do Black Sabbath; The Devil Put Dinosaurs Here, do Alice in Chains; Outlaw Gentlemen & Shady Ladies, do Volbeat; The Aftermath: Descension, do Coheed and Cambria e Ultraviolet, do Kylesia.
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