Por Rose Gomes
Hoje vou falar um pouco sobre uma banda inglesa dos anos 80
que está meio sumidinha mas deixou um trabalho bem interessante voltado à dark
new wave, ao estilo mais gótico, o Gene Loves Jezebel.
Formada no início da década de 80 pelos irmãos gêmeos Michael Aston e Jay Aston,
o grupo que até então se chamava Slav
Arian, já trabalhava com o mesmo gênero de música, que àquela época estava
crescendo, principalmente naquelas bandas da Inglaterra. O caras alcançaram um
certo reconhecimento, mas a partir de 1987 o estilo até então gótico deu
passagem a um pop rock, “mais exigido” pela época. É claro que tal mudança
culminou em uma crise na banda e naquele mesmo ano o vocalista Michael Aston, um de seus fundadores, deixou o
grupo.
Apesar de Aston ter deixado a banda, a situação não pareceu
ter ficado bem resolvida e como já vimos
em diversos casos (mais atualmente com o Queensryche) um novo grupo com o mesmo
nome foi criado e adivinhem? Uma batalha judicial foi iniciada, afinal Michael chegou
a gravar três discos com novos músicos mantendo o mesmo nome da banda original.
O que aconteceu? Bom, depois de algum estresse, Jay Aston , juntamente com
Stevenson, Rizzo e Bell, integrantes originais da banda registraram o nome no
Reino Unido e Michael (com sua nova formação) fez o mesmo, só que nos Estados
Unidos.
Pepinos a parte, o que realmente importa foi o trabalho
deixado pelos caras. Ao todo a banda tem 13 álbuns entre suas duas versões,
sendo eles estúdio, ao vivo e compilações. Destaco os discos Discover (1986)
que traz as músicas Desire e Sweetest Thing, The House Of Dolls (1987) com uma de suas
melhores faixas, The Motion Of Love, Suspicion e Message e o Kiss of
Life (1990) com a incrível Jealous e Walk Away.
Em 2008 tive a oportunidade de ver um show da
banda com a formação original num festival onde também se apresentaram bandas
tidas como “maiores”, como o Echo & The Bunnymen, por exemplo. Só posso
dizer que o Gene Loves Jezebel roubou a cena com o carisma de seus músicos e um
set list memorável, sendo o melhor show da noite.
Atualmente as duas formações do GLJ andam um pouco sumidas e
seus músicos fazem algumas participações e shows pela Europa e EUA. O ideal
seria que todos eles deixassem suas diferenças de lado e voltassem juntos em um
novo trabalho. Os fãs mais saudosistas agradeceriam!
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