Por Rose Gomes
Fazia tempo que eu não ouvia algo atual que me soasse tão antigo e o
mais importante, de qualidade. Pra galera apaixonada pelo rock cruzão do final
dos 60 e começo dos 70, com uma certa influência do Blues, esta banda americana
é um senhor presente dos Deuses. Seu nome (anota bem aí se você nunca ouviu
falar): Rival Sons; e a música que estes caras fazem remete ao mais puro e clássico Rock N´Roll. O que mais espanta é que o grupo é extremamente novo – foi formado
em 2008! – e já alcançou um certo reconhecimento (merecidíssimo, inclusive). Na
batera cheia de explosão Mike Miley, no baixo, exalando técnica, David Beste,
na guitarra (e que guita, meu irmão!), Scott Holliday e nos vocais rasgados,
sofridos e “setentísticos”, Jay Buchanan.
O primeiro disco dos caras, produzido pelos próprios, Before the Fire,
foi lançado em 2009 e disponibilizado na íntegra para download. No álbum é
possível perceber a forte influência de bandas antigas que variam de Led
Zeppelin até Animals. A primeira faixa, Tell Me Something (led-zeppelianíssima)
é o grande destaque do disco, tanto que acabou sendo usada na campanha das 500
milhas de Indianapolis daquele ano e a partir daí a carreira da banda começou a
deslanchar. Deste incrível trabalho debut ainda destaco Luck Girl, Memphis Sun
e a psicodélica Pleasant Return.
Em 2011 foi a vez do segundo álbum, Pressure & Time ser lançado,
agora com direito a contratinho bonitinho assinado com a Earache Records e a
uma capa transadona feita por ninguém menos que o saudoso Storm Thorgerson,
responsável pelas melhores e mais icônicas capas de disco do Rock. A essas
alturas o Rival Sons já havia aberto shows para a “tia” Alice Cooper, o ACDC e
alguns outros nomes de grande expressão no cenário musical. Pressure & Time
foi escrito, gravado e mixado em um tempo recorde de apenas 20 dias, o que de
acordo com os caras estava perfeito para que o som soasse mais cru. E realmente
não há do que reclamar quando se ouve faixas como Young Love, a título Pressure
and Time, Get Mine ou a bela balada Only One. Este álbum me remeteu além de
Led, também à sonoridade do Black Crowes.
Finalmente chegamos ao terceiro disco e mais recente da banda – meu
preferido -, lançado em 2012, Head Down. Os riffs iniciais da primeira faixa,
Keep on Swinging já mostram o que vem pela frente neste disco que traz claras e
fortíssimas influências de bandas como The Who, The Doors, Bad Company e todas
aquelas bandas sessentistas-setentistas que eu amo, resultado: fiz (e faço a
festa) toda vez que ouço. Head Down é disco de se ouvir de cabo a rabo mas vou
destacar a faixas mais imperdíveis que são (além da já citada Keep on Swinging),
You Want To (batera The Whozística), Until the Sun Comes (atmosfera totalmente
sessentista), Run From Revelation (baixo, guitarra e batera perfeitamente
sincronizados, que música!) e a bluezística Manifest Destiny, Part 1, que é de
pirar.
Por enquanto esta é a discografia da banda, três disquinhos altamente
recomendados pra você que curte um rock “retrô” com uma boa pitada de blues e vale
lembrar que atualmente os caras estão em turnê pelos EUA e Europa e fica a
torcida desta que vos escreve para que
eles toquem muito em breve em terras brasileiras.
Minha banda favorita,post sensacional. Faça dos novos, sexta sai o quinto álbum!
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