Eu não sei você, mas vira e mexe eu
tenho umas fases musicais específicas e no momento meu vício atende pelo nome
de Gary Moore. O guitarrista irlandês teve sua trajetória marcada por grandes
canções sempre tendo como forte
inspiração o blues e alguns elementos do jazz. Moore deixou sua marca com
participações singulares em bandas como o Thin Lizzy e no projeto BBM com
Ginger Baker e Jack Bruce, ex-integrantes do super power-trio Cream. Com uma
discografia ricamente extensa composta por verdadeiras preciosidades, Moore nos
deixou à sorte dos novos guitarristas desprovidos de um sucesso à sua altura,
quando em fevereiro de 2011 foi encontrado morto em decorrência de uma parada
cardíaca.
Listo abaixo cinco sons que considero
essenciais quando falamos na carreira de Gary, e claro, um bônus track de
arrepiar os pelinhos do nariz. Dá uma conferida! (Por Rose Gomes)
Wild
Frontier – Do autointitulado álbum Wild Frontier de 1987, a segunda
faixa traz todo o climão oitentista numa mistura do hard rock da época com
elementos do AOR. Rica em riffs fortes e com solo de presença, é uma senhora
faixa, dessas que foram feitas pra curtir no volume máximo, enquanto se pega aquela estrada numa tarde quente de
verão.
Wishing
Well – O cover muito bem sucedido
- diga-se de passagem - que Gary
Moore fez da canção de 1973 do Free é
uma versão muito mais carregada de riffs poderosos que chegam a dividir os
vocais com o músico. A interpretação de Gary também é um destaque à parte.
Over
The Hills And Far Away – Taí mais uma belezinha que o já
citado disco Wild Frontier possui. Over The Hills And Far Away tem pegada
forte, dinâmica e em certos momentos (principalmente nos backing vocals) me
lembra o projeto Phenomena II. O belíssimo solo, o violino em sincronia
perfeita com a guitarra e a batera poderosa são os destaques desta incrível
música.
Ready For Love – Do álbum After
the War de 1989, Ready for Love é carregada não só da guitarra magistral de
Moore como também das viradas mais do que perfeitas do excelentíssimo Cozy
Powell, que arregaça tudo sem dó nem piedade em conjunto com Gary. Daquelas
músicas de se fazer air drum no meio da
rua... #quemnunca.
Parisienne
Walkaways – Esta canção, presente no álbum Back on the Streets de 1978, dispensa maiores apresentações. Letra
fantástica, (composta em parceria com o vocal do Thin Lizzy, Phil Lynott),
interpretação carregada de melancolia (na dose certa) e o mais lindo e
exuberante de tudo: A GUITARRA. A estrela única e principal que chora todo o
seu lamento através dos dedos de Gary Moore. Simplesmente uma das coisas mais
monstruosamente lindas que um músico já fez.
>>> Bônus Track
Still Got The Blues – Eu juro que
tentei deixar esta preciosidade de fora da lista mas é simplesmente impossível.
Não há uma única vez em que eu ouça este solo magnetizante e não me arrepie. Inclusive
esta canção foi acusada de ser um plágio da música Nordrach de 1974, da banda Jud's
Gallery. Ouça a partir dos 6’19” e tire
suas próprias conclusões.
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