Há quem defenda a “tese” de que o verdadeiro e único
Black Sabbath é o da formação dos anos 70 com o esgarniçado Ozzy Osbourne nos
vocais, Geezer Butler no baixo, Bill Ward na batera e Tony Iommi à frente
(magistralmente, diga-se de passagem) da guitarra. Há ainda os que, um pouco
mais “tolerantes” aceitam a fase Dio da banda. Talvez por isso muitos torçam o nariz para outras fases e
trabalhos do Sabbath, como por exemplo o excelente Seventh Star.
Seventh Star é um disco que costuma dividir opiniões.
Se por um lado os fãs mais conservadores nem o consideram como um trabalho da
banda, por outro pode ser visto com um dos melhores trampos do experiente e
singular Tony Iommi.
O 12º álbum da banda inicialmente seria um
projeto solo de Iommi, mas acabou por tornar-se parte da discografia do grupo por
insistência da gravadora e do empresário dos caras - mas isso certamente você
já está careca de saber - e o foco deste post é o álbum em sí, as nove faixas
que compõem o disco e sua excepcional qualidade.
Três nomes do line up de Seventh Star chamam e muito
atenção por se tratarem de músicos excepcionais, começando pelo próprio Iommi,
que dispensa apresentações. O dom e a versatilidade do cara estão mais do que
presentes em absolutamente todo o disco, onde ele passeia facilmente entre o
heavy metal e um hard rock com leves toques de blues e solos que conseguem se
superar a cada faixa.
Glenn Hughes – um dos melhores vocalistas do heavy
metal e por que não dizer, da música em geral – dá um verdadeiro show de
afinação com sua voz forte e aveludada – na medida certa – para cada faixa.
Já à frente da batera o até então novato Eric Singer,
que segura e muito bem suas baquetas o disco todo, tendo suas viradas bem
marcadas e fortes destacadas com louvor. Não por acaso o músico teria um futuro
promissor tocando ainda com Alice Cooper, Gary Moore, Kiss entre outros.
Não que o tecladista Geoff Nicholls e o baixista Dave
Spitz não sejam bons, (do contrário não seriam recrutados para tal trabalho),
mas apenas cumprem bem seu papel dentro das canções, sem se deixarem
evidenciar. No mais, as faixas que merecem maior destaque são In For The Kill
(uma das melhores do álbum sob todos os aspectos), a bela balada No Stranger to
Love, Turn to Stone, Seventh Star, Danger Zone, Heart Like a Wheel e Angry
Heart.
Um dos melhores trampos de Tony Iommi, um trabalho que
merece ser reverenciado e lembrado eternamente! Sem falar que é daqueles álbuns
pra você deixar rolando enquanto pega uma bela estrada…
Black Sabbath feat. Tony Iommi
– Seventh Star (1986)
01. In For The Kill
02. No Stranger To Love
03. Turn To Stone
04. Sphinx (The Guardian)
05. Seventh Star
06. Danger Zone
07. Heart Like A Wheel
08. Angry Heart
09. In Memory…
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