A maior sensação – por que não? – do metal dos últimos anos
passou com sucesso em dois grandes testes: o do primeiro e o do segundo álbum.
Alguns dizem que a pressão do segundo é ainda maior que a do debut. Isso não
sei dizer. Mas depois de dois discos bem-sucedidos, o Ghost pode afirmar que já
possui uma carreira estabilizada, uma base de fãs conquistada (e contando...) e
um estilo musical e visual que chama a atenção daqueles que não os conhecem. Além, é claro, do mistério de "ninguém" saber quem são os cinco membros da banda, que se apresentam usando máscaras.
Meliora, que já vem gerando piadas infames (do tipo “o Ghost meliora a cada álbum”), significa algo
como a “busca por algo melhor”, mostra uma banda que realmente sabe buscar o
melhor de si dentro de seu gênero, comumente chamado de “occult rock” ou “occult
metal”.
A fantástica capa foi baseada no filme “Metropolis”, de
Fritz Lang, e sabe traduzir em imagem o sombrio e melódico som dos suecos.
Cirice foi a
primeira canção a ser mostrada, e seus mais de 6 minutos destacam-se
pela levada quebrada e o magnífico solo de guitarra. Majesty é definitivamente a melhor faixa. Um riff simples e
arrepiante, acompanhado de teclados muito bem encaixados, uma levada lenta e
cavalgada, melodias vocais de extremo bom gosto desembocam em um dos melhores
refrãos do disco.
Absolution é outra
que se destaca, uma faixa que vai crescendo e termina no ápice com um refrão
melódico. Aliás, quando fala-se em Ghost, é impossível não mencionar a
qualidade do vocalista Papa Emeritus (agora III) em encaixar belas melodias vocais. From the Pinnacle to the Pit e Deus in Absentia mostram bem isso.
Duas outras faixas merecem uma atenção especial: He Is, uma espécie de semi-balada
conduzida por teclados e com ótimas guitarras gêmeas, e Mummy Dust, a mais pesada e
obscura.
Se existe um teste do terceiro álbum, o Ghost passou com
sobras.
Nota 8.5
Comentários
Postar um comentário