Kevin Shirley é o produtor oficial do Maiden desde que a
banda retornou com sua formação clássica (+ Janick Gers) em 1999. De lá pra cá
produziu todos os discos de estúdio e ao vivo que a Donzela lançou, incluindo,
claro, o disco que está sendo oficialmente lançado hoje, The Book of Souls.
O site Team Rock desafiou o produtor a escolher as canções favoritas do Iron Maiden que ele produziu. O resultado é uma lista
interessante, veja o que disse o produtor:
Paschendale (Dance
of Death, 2003)
Paschendale é um
som baseado na Batalha de Ypres, em 1917, durante a Primeira Guerra. Você pode
sentir o clima todo na canção. É uma típica faixa do Maiden em seu poder total.
When the Wild Wind Blows (The Final Frontier, 2010)
Essa canção é alucinante. Steve Harris ainda estava
trabalhando na canção quando trouxe para o estúdio. Como estava inacabada,
todos nós fomos aprendendo sobre ela e não foi fácil para ninguém. Outra faixa
épica. Foi baseada em um cartoon que Harris viu sobre um casal que confundiu um
barulho a longa distância com um ataque de bomba nuclear.
Blood Brothers (Brave New World, 2000)
Essa canção sintetiza a banda para mim – verdadeiros irmãos.
É ótima ver a canção ser tocada ao vivo já como um grande clássico da banda e
ver os milhares de fãs cantando junto.
The Longest Day (A Matter of Life and Death, 2006)
Outra faixa épica sobre o dia D na Segunda Guerra Mundial. A
coisa com o Iron Maiden é que você sente as emoções que eles representam em
suas canções.
The Reincarnation of Benjamin Breeg (A Matter of Life and Death, 2006)
Uma das que me intrigou desde a primeira vez que escutei!
Montségur (Dance
of Death, 2003)
O Maiden sempre escreveu com referências históricas. Essa
canção é sobre os Cátaros e do ataque à sua cidadela de Montségur, na França,
onde a comunidade foi massacrada em vez de renunciar à sua fé.
Fear of the Dark (Rock in Rio, 2002)
O sistema de PA havia explodido na noite anterior do show. A
banda não sabia sobre isso e subiu ao palco com uma PA não funcionando no
palco. Nós literalmente gravamos o show em quatro máquinas ADAT na parte
traseira de um caminhão utilitário. A multidão de 250.000 mil pessoas cantou
junto. Ainda me dá arrepios quando ouço hoje.
Rime of the Ancient Mariner (Flight 666, 2009)
Esse filme foi um desafio. Só o pessoal de cinema determina
o set list por um itinerário. “A primeira faixa é a primeira performance da
primeira música do set list, a segunda faixa é a segunda performance da segunda
canção do set list...”. Isso não faz o menor sentido para os músicos que apenas
preferem escolher as melhores performances. Apesar de tudo isso a banda
entregou um desempenho sublime.
The Book of Souls (The Book of Souls, 2015)
A faixa-título do novo disco é sobre os antigos maias e tem
mais de 10 minutos. Começa com um groove majestoso em mid-tempo. Seis minutos
depois ela explode em uma faixa animal. Bruce cantando o refrão tem que ser
ouvido para se acreditar. Não tenho palavras para o quão alto ele pode contar.
Ele é uma aberração da natureza.
Empire of the Clouds (The Book of Souls, 2010)
Com 18 minutos, essa é a maior faixa já gravada por eles. É
a história de um dirigível inglês, o R101, que foi construído entre as duas
Guerras Mundiais e era tão grande que o Titanic poderia caber dentro. A canção
tem Bruce no piano, uma novidade no Iron Maiden. A canção contra a história da
aeronave: a sua herança, sua majestade, o vôo e seu fim trágico. É como uma
mini-opera-rock, com muitas joias escondidas. Ouça o dirigível que voa, o
código morse e a queda épica...
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