Por João C. Martins
Sempre
tive uma vontade tremenda de conhecer bandas novas e nunca me
importei com o gênero, apesar de eu ser um rockeiro em larga escala
e, possivelmente, incurável. Devo muito disso a minha esposa, que, desde quando éramos somente amigos, já me apresentara uns Indies do momento, até aqueles que a galera idolatra hoje e na época
não passavam de um expoente do underground. Chapas como Carlão,
Kaléu, Evandro, Rodrigão (meu padrinho de casamento), Jansen,
Roberto, Silas Join, Luis Fabiano e outros que não me lembro agora,
me trouxeram uma gama infinita de estilos, dos mais variados. Desde
os Dethão extremo aos Djent mais bagunçados, dos clássicos
brasileiros aos Hardcores californianos, dos Black Metal finlandês
às jazzeras contemporâneas, do Oi! ao punk anarquista, enfim, sem
dúvida alguma uma tremenda prevaricação musical. Isso sem falar do meu guru
instrumental, Endell, que me ensinou muito mais que um bando de acordes, mas sim desde contar 1, 2, 3, 4 até horas de bate-papo, só pra conhecermos
um som novo. É muita gente boa envolvida e com isso muita música
boa.
Tendo
em vista essa minha aptidão por ir atrás ou me concederem, que
seja, o novo, sempre procuro conhecer umas bandas que estão surgindo
por aí. Tem muita coisa que me faz entortar o bico? Claro que tem,
mas da mesma forma tem muita coisa boa mandando ver. Recentemente, o
Luisão, do estúdio Antônio's, aqui da Penha – muito bom por
sinal – postou o EP, que colaborou nas gravações, de uma banda
chamada Dum Brothers. Achei a foto dos caras no Facebook legal, à lá Death From Above
1979, e fui ouvir.
Aqui cabe um adendo: Parabéns às bandas que logo lançam seus sons no Spotify, pois têm de tudo pra crescer. Ninguém mais perde tempo baixando música. Comprar CD/LP aí vai depender da clientela, mas ter que garimpar download é muito anos 2000.
Power duo formado por Bruno Agnoletti (bateria) e Raul Zanardo (voz e guitarra)
Aqui cabe um adendo: Parabéns às bandas que logo lançam seus sons no Spotify, pois têm de tudo pra crescer. Ninguém mais perde tempo baixando música. Comprar CD/LP aí vai depender da clientela, mas ter que garimpar download é muito anos 2000.
Voltando
ao assunto, ouvi o som dos caras e definitivamente gostei. Sem
exageros e sem depreciações. Gostei da simplicidade do Rock que se
propõe a fazer, principalmente por me lembrar umas bandas de Stoner
e similares que admiro muito, por conta desses riffs oriundos do
Desert Rock. Bandas como Kamchatka, The Bad Light (que também é um
duo guitarra e bateria), até mesmo o Kyuss, no riff introdutório de
Volta pro Sul, terceira faixa do EP, buscam bastante esses elementos
que, pra mim, são muito interessantes, por mero gosto pessoal. Mas é claro
que eu posso estar falando um monte de bosta aqui e que não tenha
nada a ver e, além disso, é bom frisar que não gosto nem acho bacana ficar comparando as bandas. Foi só um elogio, haja vista que gosto
das bandas citadas acima.
Os
caras lançaram um EP, chamado Pt. 1, bem curtinho, dá uns quinze
minutinhos de áudio só, mas que já prospecta algo de muito bom por
vir. Particularmente, me sinto muito feliz em ver os camaradas indo
pra frente com suas bandas, seja lá como for, aos trancos e
barrancos, ensaiando de madrugada, tendo que carregar as coisas em
carro pequeno... Só pra ressaltar, nem conheço os manos do Dum
Brothers, mas fico feliz por eles mesmo assim. Posso dizer que sou e
sempre serei um entusiasta do Rock. Onde houver uma banda vou
aplaudir, mesmo que seja o único a fazer isso.
Pois
bem, recomendo muito o som dos caras e aguardo o melhor pra eles,
novos singles, EPs, Full Lenghts e tudo mais que puder vir. Tudo de
melhor para o estúdio Antonio's também e que continue com essa
pegada, dando força aos juvenis e varonis do rock.
Mete play na tecnologia, chapa!
Mete play na tecnologia, chapa!
Comentários
Postar um comentário