Dez, onze e DOZER! Aí vou eu...


Antes de mais nada gostaria de pedir desculpas pelo título, mas não pude me conter.
Depois de alguns posts que fugiam daqueles que ditavam a regra, a caverna de John hoje regressa com uma pedrada violentíssima, de som inconfundível, tanto instrumental quanto vocal e é claro Stoner em todos os aspectos. A banda será DOZER!


Para iniciar o papo, vamos as apresentações que são de costume: Fredrik Nordin (Guitarra e vocal), Tommi Holapa (Guitarra), Johan Rockner (Baixo) e Olle Marthans (Bateria) integram o quarteto sueco. O primeiro álbum que lançaram foi em 2000, fugindo a regra de muitas outras, não deram a ele o nome da banda e com isso ficou conhecido por In the tail of a Comet, poooooorém – tudo na vida tem um porém – o disco tema hoje será Through the eyes of Heathens de 2005, penúltima gravação, e por sinal extremamente bem falado, dos rapazes.



Apesar de muitos envolvidos dizerem que o best seller deles foi o anterior chamado Call it Conspiracy lançado em 2001, pois teve turnê de lançamento Kyuss e tudo mais, no meu ponto de vista o que será abordado hoje tem muito mais importância em termos de afirmação, se assim posso dizer.

Todas as faixas desse play, sem demasia, são excelentes em todos os sentidos e sem dúvida esse álbum veio para acrescentar muito àqueles que curtem o gênero e até mesmo servir como influência para aqueles que tem intuito de formar uma banda nesse estilo. Red Fang é uma das bandas que não tem problema nenhum em assumir que é tremendamente influenciada por aquilo que foi e é feito pelo Dozer, que assim como Fu-Manchu, Corrosion of Conspirancy entre outras mais, é uma daquelas que chamamos de “banda de cabeceira” quando o assunto é Stoner. Para que possamos prosear sobre o disco vou citar aqui brevemente algumas daquelas que mais me apetecem, não que as que eu não citar eu não goste, mas o que gostaria mesmo é que você ouvisse-o do início ao fim, contudo sempre tem as que nascem para ser hits.

A primeira, Drawing Dead é pesadíssima e já abre as portas com uma “voadeira” de dois pés para não deixar dúvida quanto a responsabilidade dos caras no que diz respeito ao Rock!



Para dar sequência Born a legend é a segunda e que o título pode bem ser utilizado para definir a banda, pois estão irrefutavelmente cravados no mundo do Stoner como referência e ponto. Após ela From Fire Fell, que precisa ser ouvida, não só porque é excelente, mas também porque os rapazes, de fato, se empenharam para o desenvolvimento dessa e das demais canções, que parecem todas terem viagens epopeicas por meio de um mundo as vezes soturno e as vezes perdido em um intenso pandemônio.



Antes de prosseguir com mais conversa quero que acompanhe essa outra faixa que vem logo depois da que ouvimos antes, essa chamada de Until man exists no more, (para mim o melhor nome de música que já ouvi e com a ressalva que se um dia eu tiver uma banda esse será o nome dela) que justamente mostra essa parada referente a soturnidade que citei, e que em dado ponto atinge uma guturalidade que parece ter sido eloquida com extrema revolta e que sem dúvida influenciou em gênero, número e grau o jeitão de Bryan Giles do Red Fang de cantar. Acompanhe.


E para completar a tríplice Days of future past dá o tom ao que chamo de clímax, já que ela tem o famoso “ôÔôÔ yeah yeah...” que embala qualquer canção, vale mais a pena ouvir do que ler.



Ainda como parte dos adjetivos anteriormente atribuídos, temos também, sem poder esquecer é claro, a aceleradíssima e sinistra Omega glory que assim como as anteriores mantém o riff pesadão o tempo todo, porque Dozer é uma banda de Stoner de ponta a ponta. 



A fim de dar continuidade, a sétima lista fica com Blood Undone, também excelente canção e uma das poucas em que notamos um breve solo (uma das poucas coisas que me frustra no Stoner é a falta de solos) sucedida essa então por The roof, the river, the revolver que com uma repetição contínua do refrão, utilizando apenas o nome da música no verso entoa de forma mais descontraída a canção, se assim posso falar do single. Assim como a que a precede Man on fire foge, também, um pouco do que está sendo ditado, mas de forma, ao que parece, mais festeira toma conta do nono capítulo dessa bela história. 


Como se não fosse muito, todas as grandes obras que acabamos de discutir, a última parte ficou por última não sem motivos, isso porque encerra com chave de ouro, embora todas merecessem esse status, essa que iremos ouvir a seguir tem algo que talvez não seja possível exemplificar apenas com palavras. Por mais que pareça uma hipérbole demasiada e ao cubo, o que digo a respeito dessa banda e principalmente dessa canção, ela mostra uma outra faceta dentro do tema que poucos que se aventuram a fazer teriam a sensibilidade para tal. É bonita, realmente bonita de se ouvir e de história tremendamente emocionante que apesar de eu não saber se o vídeo a seguir realmente foi feito para ela combinou perfeitamente com tudo, desde a entrada forte da bateria, o riff inicial, o ápice e o fim. A que iremos acompanhar é Big sky theory. 



Então é só. Espero que tenham curtido, e que se for possível tentem encarar com essa sensibilidade toda que tentei passar antes de cada vídeo, porque eu adoro essa banda e me sinto feliz em compartilha-la com todos.


Observações:

·        Citado no início que a banda teve seu primeiro álbum lançado em 2000, contudo no ano de 1998 participou de um Split álbum com o ótimo Unida (banda da qual fazia parte o vocalista John Garcia, que participara do espetacular Kyuss);


·        O vocalista da banda Mastodon teve participação efetiva na gravação desse álbum e tem fortes indícios de ter sido quem berrou com a extrema guturalidade que citei ocorrer na faixa Until man exists no more.
Até mais!

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