Um ultraje, mas um Ultraje a rigor.

Mais um Toca na Redação se inicia e com banda brazuca na área!
Hoje a conversa se dará em torno de de uma banda que atualmente está em grande evidência por participar de um talk show, que particularmente merece respeito, porém não apenas por isso ela está aqui, afinal desde seu primeiro álbum lançado em 1985 até os dias atuais é entoado por milhares de pessoas o título de um disco e uma faixa  com a emblemática frase Nós vamos invadir sua praia, claro Ultraje a Rigor é quem toca hoje na redação! 


Todos com suas caras de Hard Rockers.
A formação atual é completamente distinta da que os propagou, o único que ainda permanece é o band leader Roger Moreira vocalista e guitarrista da banda. O disco abordado aqui será Crescendo de 1989 que teve como formação: Roger Moreira (Guitarra vocal), Sergio Serra (Guitarra vocal), Maurício Defendi (Baixo) e Leonardo Galasso (Bateria). 



Incontestavelmente o contexto da época estava envolto a muita revolta, mensagens políticas, jovens insatisfeitos, muito parecido com essa porcentagem de revolta que assiste-se hoje. Contudo, essas manifestações não se davam apenas no campo parlamentar, mas também era figura muito presente no campo artístico, podem ser citadas N bandas que fizeram isso na década de 80, portanto o Ultraje não haveria de ser diferente, mas fazia diferente. Até o nome já é um tapa na cara da sociedade só que o que mais diferencia os caras dos outros contemporâneos é o humor utilizado em suas canções, sempre eloquidas de forma extremamente bem elaboradas.
Em Crescendo hits como Filha da Puta e O Chiclete são as mais famosas, mas ele conta também com a excelente Volta comigo, engraçadíssima e talvez uma forma de conscientização quanto ao uso de preservativos em seguida Laços de família, que impõe uma característica mais revoltada, falando de conflitos existentes num ambiente familiar como um todo e Querida Mamãe que dispensa comentários, muito divertida também embora seja uma crítica a sociedade superprotetora que não permite o crescimento dos demais. Para haver mais entretenimento nessa conversa, ouça a faixa número #2 dessa obra.



A canção é extremamente política e não hesita momento algum em intitular os "regentes" dessa pátria amada, idolatrada, salve quiçá salve com o título da faixa. Ela tem, assim como em quase todo esse álbum uma linha de baixo bem grave e isso me agrada muito. Apesar de terem uma veia bem cômica, não têm nada de besta, pois criticam sem nenhum tipo de pudor todo e qualquer parlapatão, ou não, que desfile por aí de crista empinada.
Outra canção que também tem essencial importância nesse disco é Laços de família, essa sem nenhum tom de gracinha, chega até a ser bem soturna, com uma letra forte e um ritmo bem pesado da uma quebrada num contexto geral do álbum. Vale bastante a pena conferir.



Ela é, das mencionadas, a mais séria em termos de composição e para acabar com essa seriedade toda Volta comigo mostra um casal de um só apaixonado, mas que esperou tempo demais para voltar e agora tenta suas últimas fichas na garota em questão. inteligentíssima e de ambíguo entendimento, já que a palavra volta pode ser interpretada tanto como um "rolê", quanto como uma tentativa de regresso, isso é arte, isso é poesia.
 

Querida mamãe, faixa acima citada com certeza merece atenção especial, para quem tem bom humor, para quem não leva a mal qualquer coisa dita, pra quem não é politicamente chato! Escuta aí.


Um musicão em todos os sentidos.
 

A canção mais conhecida desse compilado é O Chiclete, afinal o que você mastiga não é igual ao meu e encerra com estilo esse belo trabalho cultural nacional que temos em nossos acervos digitais. Essas são as que mais causam rebuliço quando tocam na redação, mas sempre o play é dado da primeira e rola até a última, então se liga aí nessa joia.

Para ouvir o álbum completo clique aqui


Apenas gostaria de ressaltar que todas as explicações dadas quanto as canções e ao próprio álbum são meros pontos de vista deste locutor que vos fala, pode ser que não tenha nada a ver com o que foi dito é só uma questão de interpretação.

Até a próxima!

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