Humberto Gessinger: mistura de influências no primeiro álbum solo

Após quase 30 anos dedicados ao Engenheiros do Hawaii e projetos paralelos como Pouca Vogal, Trio Grande do Sul e até mesmo um power-trio chamado Humberto Gessinger Trio, o gaúcho lança pela primeira vez um álbum solo, que foi intitulado Insular, produzido por ele mesmo e recheado de participações especiais - inclusive muitos ex-Engenheiros, o que, segundo Humberto, é o principal motivo para lançar como solo e não como Engenheiros.
Capa
Como banda base, novamente um power-trio: Humberto volta ao baixo (sonho antigo de 99.9% dos fãs do Engenheiros) e vocal, Esteban Tavares (Fresno) na guitarra e Rafael Bisogno na bateria, já musicalmente Insular é uma mistura de tudo que já ouvimos com a voz do HG (como é carinhosamente chamado pelos fãs) e tudo o que imaginamos ouvir, como por um exemplo uma bela moda "moderna" em Segura a Onda, DG ou Milonga do Xeque-Mate, com um solo de guitarra monstruoso do virtuose Frank Solari.
Os fãs de Engenheiros se identificarão com Sua GraçaBoraTudo Está Parado (essa com Luciano Granja na guitarra, Lucio Dorfman no teclado e Adal Fonseca na bateria, formação do Engenheiros entre 1997 e 2001), Tchau Radar, a Canção Plano B, até mesmo por ouvir aquele som característico do baixo de volta. Ainda há espaço para a regionalizada Recarga (com o acordeon e voz de Luis Carlos Borges) e a melódica A Ponte Para o Dia (com Bebeto Alves), além das quase vinhetas Terei Vivido Insular e a balada Essas Vidas da Gente, que tem um quê de Somos Quem Podemos Ser e Parabólica.
Humberto escolheu o melhor caminho ao colocar seu nome na capa do disco, realmente Insular é um pouco de Engenheiros, um pouco de Pouca Vogal, um pouco das influências regionais e um pouco de tudo o que ele já gravou e de tudo o que ele admira; ou seja, puro Humberto Gessinger.
Nota: 9.0

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