Ainda Muito Loucos: a história do Strange Fruit

Sabe aquela banda que foi um estouro nos anos 70/80, depois acabou, e retornou triunfalmente com a formação clássica no fim dos anos 90? Aquela que os caras abusaram das histórias com groupies e/ou bebidas e/ou drogas e/ou brigaram pra cacete? Pois é, essas perguntas sugerem um número grande de respostas: Black Sabbath, Kiss, Iron Maiden, etc, etc... inspirado na onda de revivals que ocorria na época, Brian Gibson surgiu com o filme Still Crazy, em 1998 – Ainda Muito Loucos, na versão brasileira.



O filme mostra os caras em 1997, 20 anos após um concerto num grande festival em que deu tudo errado para o Strange Fruit, a banda fictícia em questão, onde um raio caiu no palco e terminou com a apresentação da banda, que já vinha estraçalhada pelas relações internas, principalmente porque o antigo vocalista, Keith Lovell havia morrido, e seu substituto, Ray Simms (magistralmente feito por Bill Nighy), nunca ganhou confiança de alguns dos membros da banda, principalmente do baixista Les Wickes. A banda acabou ali, no maior show de sua carreira.

O Strange Fruit nos anos 70


É de Les a maior resistência para o retorno do grupo em 1997, enquanto Tony Costello (Stephen Rea, que faz o tecladista) é quem corre atrás para tudo acontecer, junto com a empresária Karen e o antigo roadie Hughie Case (interpretado brilhantemente pelo sempre competente Billy Connolly), e o baterista Beano Baggot (interpretado por Timothy Spell), que precisa disso para pagar suas dívidas. Com o baixista durão convencido, a luta pelo retorno da banda encontra um grande empecilho: o antigo guitarrista, Brian Lovell (irmão do falecido vocalista), está internado em um sanatório e assim os caras tem que encontrar um novo guitarrista, recuperar a fama da banda em uma turnê européia onde tocam em buracos que frustam o vocalista cheio de estrelismo da banda, e a banda ainda tem que lidar com os velhos problemas internos, até receberem a chance de tocar novamente no palco onde foram destruídos por um raio 20 anos antes – e com um convidado para lá de especial. Tudo isso em meio a muitas risadas e a muito drama também.

A banda na estrada durante os anos 90

Ainda Muito Loucos é diversão pura, principalmente para quem gosta de rock daquela época, até porque a trilha sonora totalmente original foi composta por músicos do calibre de Mick Jones (Foreigner), Russ Ballard, Martin Frederiksen e Chris Difford, e a maioria das canções foram realmente gravadas pelos atores que interpretam os músicos da banda.





Poderia facilmente ser a cinebiografia de alguma banda setentista, afinal as histórias dos grupos daquela época se entrelaçam pelos mesmos caminhos: brigas, drogas, groupies, bebedeiras, sucesso, música boa, etc. Assim como também podemos notar alguma influência - ou homenagem - de alguns "personagens" que de fato existem, por exemplo, a pancadisse e fraqueza do vocalista Ray Simms 20 anos depois é totalmente OzzyOsbourniana. 

Se você não assistiu ainda, pode procurar o filme que não se arrependerá!

O vocalista Ray Simms, interpretado de forma espetacular por Bill Nighy


Ouça alguma das pedradas da banda ficícia Strange Fruit:



Comentários

Postar um comentário