Muito cuidado com aquilo que canta.

João C. Martins

O mundo do Rock, assim como todo o resto do mundo, está passando por uma fase muito difícil, não em termos de bandas ruins, ou irresponsáveis, ou qualquer elemento que envolva o trabalho dos caras, mas sim o grande problema está nos seres "Politicamente corretos" que os rodeiam. 

Desde sempre sabemos que existem expressões, gestos, símbolos, que representam algum tipo de inferiorização de um determinado povo, ou até mesmo o tão utilizado termo hoje em dia conhecido por Etnocentrismo. Esse tipo de atitude evidentemente é prejudicial a todos, já que seu principal propósito é a fragmentação, a separação de tudo: Colocar "bons" de um lado e "ruins" de outro. Sem dúvida uma grande idiotice, afinal de contas ninguém pode se considerar melhor ou pior que alguém, pelo simples fato de todos os símbolos existentes serem arbitrários, ou seja, foram escolhidos, e consequentemente impostos por um indíviduo, que por meio de uma convenção social decidiu que o bom seria isso, e o errado aquilo. 


Incontestavelmente essa regra foi criada nas melhores das intenções, afinal sintetizando-a não diz nada mais que: "Bom é quem não faz o mal, mal é quem não faz o bem." parece óbvio, contudo há de se imaginar a esbórnia que era a Terra quando um ser teve a ideia de elaborar essa teoria. Mas e daí? Agora sei que está se questionando: "Putz, será que essa besta errou de blog e esqueceu da música?" e é aí que o tema se encaixará. Os músicos/bandas estão isentos de serem considerados etnofóbicos?

Sem pestanejar para responder, é claro que não, eles não estão isentos disso, já que tudo o que se é feito parte de uma premissa de que exista um conceito religioso, político, social, et cetera, na fala dos autores, então se um compositor escreve sobre o que quer que seja, isso partiu de seu sociointeracionismo, não apenas musical notadamente. 


Um exemplo para isso são bandas nórdicas, cujo as quais abusam de temas como mitos regionais, adoração de deuses, Cavaleiros do Zodíaco, entre outros. Mas até aí, está tudo bem, certo? Embora possa haver quem não goste, é história, e história, teórica e hipoteticamente falando, só tende a fazer com que os indivíduos não cometam os mesmos erros do passado, por isso que somos tão bem educados quanto a isso nas escolas. Voltando ao assunto etnocentrismo - que diga-se de passagem, ô palavra chata -, se um compositor, assim como os Sons of Odin, decidir fazer uma canção adorando o tinhoso, é da crença dele, certo? Certo! Mas e se um cara escolhe por adorar um outro cara qualquer, qualquer um, vamos supor que, de forma "aleatória" ele escolha adorar Hitler nos versos, e faça uma canção, é da crença dele, certo? Nem tão certo assim, pois aí já envolve os sentimentos de outros, problemas políticos, religiosos e territoriais, além de mais uma centena de fatores, haja vista que deve-se antes saber o motivo dele ter feito tal canção e não apenas julgar por uma palavra. Nesse aspecto é até plausível a interferência dos humanitários, que prezam, lutam e defendem, os fracos e oprimidos. 

Entretanto, não é todo texto - quando dito texto referência a qualquer forma de linguagem -, quiçá mal interpretado, que seja algo preconceituoso, homofóbico, xenofóbico, etnofóbico, mobilefóbico, blogfóbico, patinhofóbico...

Como dizer algo ruim dessas fofuras?

Irrefutavelmente não se pode crer que as pessoas sejam ingênuas, ainda mais pessoas que fazem música, que é algo extremamente complexo e exige um alto nível de cognição e intelectualidade. E veja, esse discurso está longe de querer absolver alguém, prioritariamente sua pretensão é dizer: Deixe de ser trouxa! Não acredite em tudo aquilo que lhe disserem! Procure saber, a fundo, o porquê daquilo! "NOSSA! OH! COMO PODE DIZER ISSO!?" 

Tudo começou porque uma das bandas que mais admiro, pela qualidade musical principalmente, vem sendo alvo dessas críticas infundadas, por conta de uma camiseta! Não, eles não estavam usando essa camiseta, é uma camiseta na qual o nome deles aparece abaixo de um desenho de um americano, que aponta um rifle para a cabeça de uma Índia, e que obedientemente serve o seu jantar, precedido pela frase Happy Thanksgiving (Feliz Dia de Ação de Graças).



"Racista ou insensível?" Duas opções que não dão muita margem para outras formas de pensamento.

Aos desavisados de plantão, isso foi taxado como Ato de violência aos Índios, Xenofobia, Violência Doméstica, chamaram-vos de SOCIOPATAS! Porque é, além de tudo isso, um ato de violência contra a mulher! Mas espera um pouco, arte não deve ser lida como metáfora? Não deve ser lido aquilo que está por trás do texto, os motivos do texto? Porque, ou eu estou maluco, ou devo começar a pensar que o quadro de Michelangelo, "O Sacrifício de Isaac" era uma demonstração de agressão infantil,


Coitadinho do pequeno infante... ops! Foi Deus quem mandou.


ou o de Caravaggio, "A crucificação de São Pedro" uma agressão contra o idoso.

Ai credo, estão pregando o moço que coisa feia... ops! Deixa pra lá.

Particularmente falando, e de forma muito leiga deixe-se evidente, essa figura na camiseta representa a forma que os "Politicamente corretos" conquistaram os "Oprimidos", e a troco de que esses oprimidos se renderam a esses opressores totalitaristas? A troco de uma coxa de frango talvez.

Ela mostra que o povo indígena, que nada tinha de envolvimento com o homem branco, teve que se humilhar parcialmente para não ser dizimado, quem desobedeceu morreu, e isso é uma demonstração de que esses a propagar falácias dos e aos rapazes, são aqueles mesmos que maltrataram as Índias, além de terem as estuprado, abusado, apontado uma arma às cabeças, enquanto sorriam em comemoração ao dia de ação de graças. 
Talvez seja isso tudo, ou quem sabe seja só mais um engano como o que já foi cometido. 

O mundo anda girando rápido demais.

Comentários