O Doom Metal de Egypt!

Há muito tempo que já quero falar dessa banda, mas sempre encontrava outros assuntos, ou acabava simplesmente esquecendo. Dessa vez decidi que não deveria deixar passar em branco, já que são extremamente influentes, apesar do pouco tempo de estrada. Evidentemente seu primeiro registro, o homônimo EP, ganhou maior repercussão, até mesmo que o primeiro álbum, cujo o qual iremos conversar hoje, talvez pelo peso constante e compassado da canção Valley of the Kings, contudo não é o fato desse ter sido mais famoso que torna o nosso de hoje algo desagradável, muito pelo contrário, falaremos de primeiro full lenght dessa excepcional banda chamada, EGYPT!

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Na foto temos, Chad Heille (Bateria), Aaron Esterby (Baixo e vocal) e Neal Stein (Guitarra).

Como disse no início, nós iremos trocar uma ideia aqui, sobre o primeiro disco da carreira dos caras, evidentemente tiveram o lançamento no ano de 2007 do EP nomeado Egypt, entretanto somente após esse hiato de seis longos anos é que decidiram se dedicar a um compacto com dez faixas de extrema porrada mesclada com técnica e muita influência, obviamente, de Black Sabbath, o criador do Heavy Metal e todas as suas vertentes. O nome do álbum é Become the Sun (2013).

BRIAN KOSCHAK (Picture)

Eles tiveram esse grande tempo de inatividade, no que diz respeito a gravação de algo novo é claro, muito pelo fato de alguns problemas que acarretaram a saída do, até então, guitarrista Ryan Grahn, que teve participação em toda a gravação de seu primeiro trabalho, contudo depois de muitas excursões divulgando o Extended Play, no ano de 2012 a saída foi consolidada.

Como menciono nas primeiras linhas desse post, o EP tornou-se um achado, melhor dizendo, uma lenda, pelo som completamente diferente de muito o que se vinha sendo feito, principalmente no ano em que fora lançado, porém a técnica que Neal acrescentou à banda, deu um ar de profissionalismo ainda maior, pois sabemos que o estilo Stoner e principalmente o Doom, que é o qual a banda mais tem identificação, têm a característica de entoarem sempre acordes bastante sujos, pesados e malvados, dificilmente se tem uma harmonia, se assim é possível categorizar, mais melódica, com notas mais agudas que graves, mas a habilidade elevadíssima desse exímio guitarrista trouxe uma cara muito mais de Classic Rock, para o conjunto, vide a canção chamada Stalker, que em muito retoma aos mestres sagrados do Motörhead em No Class. Confira as duas e compare se não são bem parecidas em algumas passagens.

Egypt - Stalker

Motörhead – No Class

Alguns riffs são bem similares, não? E embora eu os compare a esse clássico incontestável do Metal, é impossível negar que a introdução dessa faixa tem uma semelhança absurda com a de Wolfmother na canção de seu debut, lançado no ano de 2005, Woman (Para ouvir basta clicar sobre o nome da música).

Outro aspecto que deve ser levado, muito em conta é a presença constante de uma linha de baixo assustadoramente grave, certas vezes sobressaindo todo o resto dos instrumentos, como no caso da mais compassada Greenland, essa que por sua vez encarna muito mais o gênero Doom que Stoner.

Egypt–Greenland

Outro quesito a se ressaltar é a incrível potência vocal de Aaron Esterby, que coincidentemente, ou não, tem o mesmo nome do também baixista e vocalista da excelente banda Red Fang, só que a similaridade gutural se encontra no companheiro de desse Aaron, agora falando do Beam, o guitarrista Bryan Giles. Resumindo: A forma que Aaron Esterby canta lembra muito Bryan Giles. Caso esteja se perguntando, “E daí?” saiba que realmente não quer dizer nada, apenas acho parecido, principalmente nessa que verá abaixo.

Egypt–World Eater

Vou deixar para você o tracklist, pois infelizmente não encontrei todas as canções em pleno estado de funcionamento para disponibiliza-las aqui, tampouco o full album, contudo se quiser te-lo em seu computador não se acanhe, mande um salve no meu twitter, facebook, email ou o que for, pois terei o maior prazer de compartilhar não só isso, mas qualquer uma das outras bandas que já falei aqui, beleza? Ah! E se está na dúvida de como me contatar, só ir lá em cima na opção “Expediente” que encontrará todas essas informações.

Tracklist:

Matterhorn

The Village Is Silent

Orb of the Wizardking

Stalker

Hillside

Greenland

World Eater

Snakecharmer

Black Night

Elk River Fire

Observações:

  • Em 2013 também, no mês de junho, eles lançaram um split album, chamado Cyclopean Riffs, junto da renomadíssima banda Wo Fat. Ele contou com apenas quatro músicas, sendo duas de cada banda;

  • Neal Stein tem outros projetos paralelos que mantém na ativa. Esses projetos são WWJD, além da incrível Wintergoat;

  • Ao iniciar o post, é citada a canção Valley of the Kings, do aclamado EP Egypt, com bastante ênfase, e não seria justo ter que fazer você ir procurar, né? Basta clicar aqui para ser direcionado ao vídeo.

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