14 ótimos e últimos discos

Nesta semana decidimos listar os últimos álbuns de bandas que mudaram a história - bandas importantes. Mas não bastava só isso. O último álbum teria que ser um baita álbum - e o mais importante, a banda já tem que ter encerrado as atividades

O resultado com os gostos dos editores deste blog está logo abaixo:



R.E.M. – Collapse Into Now (2011)


Além de não ter sido uma despedida fajuta e covarde como outras bandas que estão se despedindo há dez anos fazendo show atrás de show, o R.E.M. ainda lançou um trabalho extremamente decente e teve a coragem de não fazer uma turnê para promove-lo, ato que por si só já merece o respeito de qualquer fã de música. Bem na sua despedida, o então trio composto por Michael Stipe (Vocal), Peter Buck (guitarra) e Mike Mills (baixo) – músicos convidados completavam o time – lançou um trabalhou que agradou a seus velhos fãs da fase anos 80/90, como a  faixa Discoverer, que lembra os tempos de Green (1988), ou as agitadas All the Best, Mine Smell Like Honey e Alligator Aviator Autopilot Antimatter. Meu destaque pessoal vai para a linda balada Oh My Heart. Palmas para o R.E.M. que não está por aí desde 2011 se despedindo do mundo. A mais barulhenta saída silenciosa. “I’ts sweet and it’s sad and it’s true”. (Carlos H. Silva)




Wolfmother - Cosmic Egg (2009)



Uma das melhores bandas que surgiram nos 2000, e que em todo seu período de atividade lançou apenas dois álbuns. Há quem diga que estão para voltar, contudo não há nada novo, não há nenhum rumor quanto a singles, não há nada além de um retorno aos palcos, que considero apenas uma turnê caça níquel. Cosmic Egg, pode ser considerado um daqueles clássicos ocultos, que ninguém da muita importância melhor dizendo, já que a banda nunca vestiu um rótulo de gênero a fim de ganhar fãs e mais fãs. Faixas como Califórnia Queen, Caroline e Violence of the Sun, fazem a festa do disco. (João C. Martins)




The Doors  – L.A Woman (1971)



O último álbum da banda que contou com o finado Jim Morrison à frente dos vocais, é um dos mais aclamados e importantes trabalhos do grupo, que regressou com sucesso às raízes do Blues. O disco foi lançado em Abril de 1971 - apenas três meses antes da morte de Morrison - e traz alguns dos maiores sucessos do quarteto americano. Love Her Madly, L.A Woman e a lendária Riders on The Storm são os grandes destaques do álbum que também conta com o belíssimo blues de Cars Hiss by My Window e a suingada  The WASP (Texas Radio and the Big Beat). Vale lembrar que há dois anos o disco ganhou uma reedição com a faixa até então inédita She Smells So Nice, descoberta numa das fitas originais das sessões de estúdio. (Rose Gomes)



Pantera – Reinventing the Steel (2000)


Problemas pessoais entre os integrantes e o posterior assassinato do guitarrista Dimebag Darrell fizeram com que este fosse o último trabalho de estúdio do Pantera, a banda de metal mais importante dos anos 90. Para mim canções como Goddamn Electric, Yesterday Don’t Mean Shit, Revolution is My Name e You’ve Got to Belong To It já nasceram clássicas. Um dos grandes discos de metal da década passada. (Carlos H. Silva)








Kyuss - ...And the Circus Leaves Town (1995)



É sabido que o Kyuss lançou alguns EPs e coletâneas após esse ótimo álbum de 95, mas outro completo, chamado full lenght... isso nunca mais. A banda já vinha desgastada devido ao ego de Josh Homme e depois de Wretch (1991) e Blues for the Red Sun (1992), a tarefa de lançar excelentes discos se torna algo, um pouco mais, difícil. Ele conta com grandes hits como, Hurricane, One Inch Man e El Rodeo, entretanto nenhum veio depois desse para nossa alegria. (João C. Martins)






Ritchie Blackmore's Rainbow - Stranger in Us All (1995)




O que inicialmente era pra ser apenas um álbum solo do brilhante guitarrista Ritchie Blackmore, se tornou, muitos dizem, por pressão da gravadora, um álbum do Rainbow e o último disco da banda. Banda esta que já contou com grandes vocalistas como Ronnie James Dio, Graham Bonnet e Joe Lynn Turner e neste último foi a vez do até então desconhecido Doogie White dar as caras, ou melhor, as vozes. Stranger in Us All é carregado de um hard rock poderoso sendo, obviamente, a colossal guitarra de Blackmore a grande estrela do trabalho. O destaque fica com as faixas  Cold Hearted Woman, Hunting Humans, Ariel e Still I'm Sad. Belíssimo registro. (Rose Gomes)






Death – The Sound of Perseverance (1998)


Último disco do Death antes do lendário Chuck Schuldiner falecer devido a um câncer. Já imerso no death metal progressivo extremamente técnico do qual a banda foi uma das responsáveis pela popularização, o álbum possui clássicos imediatos como Spirit Crusher, To Forgive is to Suffer, Bite the Pain e Scavenger of the Human Sorrow. De bônus ainda tem o já conhecidíssimo cover para Painkiller, do Judas Priest. Excelente. (Carlos H. Silva)







Iron Monkey - Our Problem (1998)



Eles lançaram EPs, Split album e uma coletânea após Our Problem, mas nenhum disco de fato. A banda encerrou suas atividades, infelizmente, devido a morte de seu vocalista Johnny Morrow. O álbum citado é pedrada do início ao fim, detona tudo nas faixas Bad Year, Boss Keloid e Supagorgonizer. Uma grande perda para o mundo do Rock. (João C. Martins)






Lucifer´s Friend – Sumo Grip (1994)



Muitos fãs de longa data se decepcionaram com este trabalho, pois acreditam que a banda fugiu da ideia inicial  e acabou caindo no mainstream e até mesmo no pop. A mudança é deveras óbvia, basta apenas que se ouça os primeiros discos da banda, mas isso não altera de maneira alguma a opinião positiva que tenho sobre esse material. Sumo Grip tem uma pegada mais forte do hard rock que vaza aos ouvidos, como na estonteante Heartbreaker e uma grande variedade de estilos muito bem executados, como facilmente se percebe na “aorzada” que os caras dão em Don ou no toque levemente progressivo de Cadillac. A voz intensa de John Lawton é sem dúvida o grande destaque do álbum, juntamente com a nova roupagem de Ride in the Sky, presente no primeiro trabalho dos caras, o Lucifer´s Friend de 1970. (Rose Gomes)



Thin Lizzy – Thunder and the Lightning (1983)



Durante muito tempo o Thin Lizzy existiu sem Phil Lynott, em versões comandadas principalmente por John Sykes, mas quando chegou a hora de gravar um disco de estúdio, o peso do nome literalmente pesou e os caras mudaram o nome para Black Star Riders (sem John Skyes, bom esclarecer); então, mesmo se reunindo para eventuais shows, em termos de discografia de inéditas o Lizzy acabou mesmo em Thunder and Lightning, o disco mais “metal” dos caras, talvez por influência de Sykes, então novo parceiro de Scott Gorham nas seis cordas do grupo. A paulada faixa-título é uma prova disso. A bela The Sun Goes Down e maravilhosa The Holy War são outros destaques. (Carlos H. Silva)




Simon & Garfunkel – Bridge Over Troubled Water (1970)


O último trabalho de estúdio da dupla mais querida da América é um verdadeiro clássico do Folk Rock, uma despedida em altíssimo nível. Cecilia, The Boxer, El Condor Pasa e a faixa-título são só alguns exemplos do quão especial foi a despedida de Simon & Garfunkel em estúdio. (Carlos H. Silva)









The 13ͭ ͪ  Floor Elevators - Bull of the Woods (1969)



Pode ser que essa banda não seja muito conhecida no mainstream, mas sem sombra de dúvidas, no ano de 2013 passou a ser, um pouco mais, falada por intermédio dos suecos do Ghost, que gravaram o EP, If you have Ghosts, que é uma canção de Roky Erickson, que foi o vocalista do The 13ͭ ͪ Floor Elevators, ufa! Eles tinham uma veia de Rock 'n' Roll psicodélico que se enquadrava à época, mas que tinha um Q a mais, era mais pesada, mais crua, e esse disco foi quem decretou o término das atividades dos caras. Never Another, Rose and the Thorn e Dear Dr. Doom são as que recomendo nesse play. (João C. Martins)




Ramones - ¡Adios Amigos! (1995)



O que dizer de um disco feito exatamente para se despedir de milhares de fãs apaixonados? Adios Amigos é, no mínimo um registro emocionante do Ramones que antes de dar seu último suspiro resolveu presentear os fãs com um novo álbum e uma turnê. O destaque do trabalho fica a cargo não só do entrosamento dos músicos como também das excelentes faixas I Don't Want to Grow Up (cover muito bem feito de Tom Waits), Life's a Gas, She Talks to Rainbows e Born to Die in Berlin, sendo esta última uma das seis composições de autoria do ex-integrante Dee Dee Ramone que colaborou no derradeiro trabalho de sua ex-banda. Em 1996 o Ramones encerraria as atividades e anos mais tarde, mais precisamente em 2001, o vocalista Joey Ramone morreria em decorrência de um câncer linfático. Uma pena. (Rose Gomes)



Cream - GoodBye (1969)

Como o próprio nome já diz, e não tenta esconder de ninguém, GoodBye foi o último álbum de estúdio do Cream. Embora ele conte com apenas três faixas inéditas, não deixa de ser o último disco da banda. Não chega a ser um final apoteótico como todos esperavam dessa gigantesca banda, mas foi um fim digno de entrar nessa lista. (João C. Martins)



Goodbye foi um álbum “meio” que gravado na marra pelo super power trio Cream no final de 1968 exatamente para ser o último trabalho da banda que já estava decidida a terminar. Apesar de conter apenas seis faixas, sendo três delas inéditas e as outras três versões ao vivo de um show realizado em L.A, o disco é uma preciosidade e um show à parte dos músicos. Um dos destaques se deve à graciosa Badge, composição que Clapton fez em parceria com o beatle George Harrison, que inclusive toca guitarra base na gravação. Entre as versões ao vivo Politician é, sem dúvida, a mais impactante do disco. (Rose Gomes)




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